Ao Dia 2 de Julho

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"Salve dia de imensa, imorredoura glória,
"Que raiando cercado de bênçãos e esplendores,
"De um povo escravizado puseste fim às dores;
"Fama eterna deixando nas páginas da história

"Que assinalas formoso a esplêndida vitória,
"Que aos tiranos ganharam da pátria os defensores.
"De uma nação inteira — vós — esperança, amores
"— Jovens! — trazei-o sempre gravado na memória."

Cantava assim no Empíreo um coro prazenteiro,
E à voz dos serafins fadava o Onipotente
A espantoso futuro a terra do Cruzeiro.

Em vossas mãos existe destino tão ridente,
Moços! guie-vos sempre, e seja-vos luzeiro —
Na senda que trilhais da pátria o amor ardente.

Nota do autor[editar]

  1. Os sonetos de versos alexandrinos portugueses não são idéia minha, nem nova, bem que seja muito pouco cultivado, apesar de que não seja inferior aos de dez sílabas, antes em quanto a mim mais formoso e mais amplo.