Página:A Patria Brazileira.djvu/194

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Gomo pulsa brônzeo e invicto Na muralha de granito, Que a mão de Deus fabricou I Jesus — accende-se a lucta, Prezas a morte disputa, Jesus, teu braço voou I

Pouco importa — avante, avante f

Creoulo d′alma viril;

Pygmeu, fazes-te gigante.

Tu és filho do Brazil!

Oh, toca, toca a investida I

Sobre a hoste embravecida,

Jesus, um passo, inda um passo l

Aos gritos, pragas e ais

Sobe o horror cada vez mais!..,

Nasceste, filho do povo, No berço da natureza! Da raça de um mundo novo Tu fundaste a realeza! Teus pobres braços cortados, Por esse espaço espalhados Mudos supplicam: Saudade, Leva-me ás pátrias areias, Quero quebrar as cadeias, Pátria, pátria, liberdade!...

Teu sangue é tinta que dura. Que não se apaga, Jesus! Fel-o o Christo na amargura, Antes de expirar na cruz! Aquelle suor em gottas Pelas tuas veias rotas Talvez goteje também! Tens um horto — o dos escravos. Tens um calvário — o dos bravos. Irás ao céo — inda bem!