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XVIII

Os dous lirios penderão suavemente para as caixas de laranginhas que acabavão de abrir.

Brilhavão nos olhos a flamma, e nos labios o sorriso da alegria de Irene e Ignez.

Erão limões de cheiro brancos, verdes, rubros, amarellos, de todas as cores e nuanças possiveis......

— Tão bonitas: diz Irene; que faremos delles?....

Ignez fez um momo e respondeu:

— Tu me molharás e eu te molharei...... eis ahi tudo.

A nobre mãe das duas meninas tinha parado junto dellas e as contemplava e ouvia risonha.

Irene tornou:

— Se pudessemos molhar mais alguem........

— Nhanhã; disse Ignez; meu padrinho me deu licença para molhar a todos...... e, se não fosse meu pae, eu era capaz.....

— De que?...

— De molhar, de quebrar limões em meu padrinho que deu licença para isso.....