Archivo nobiliarchico brasileiro/Porto Alegre (Barão e Visconde com grandeza e Conde de)

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PORTO ALEGRE. (Barão e Visconde com grandeza e Conde de)

Manuel Marques de Souza. Nasceu no Rio Grande do Sul, em 13 de Junho de 1804.

Falleceu no Rio de Janeiro em 18 de Julho de 1875, sendo seu corpo transladado para a cidade de Porto-Alegre, onde erigiram em sua honra uma estatua.

Filho do Brigadeiro Manuel Marques de Souza, e neto do Tenente-General Manuel Marques de Souza.

Casou com D. Bernardina Soares de Paiva.

Fez brilhantissima carreira militar, combatendo ao lado de seu pae, na Guerra Cisplatina.

Fez a Campanha contra Rosas, commandou o Exercito Brasileiro na famosa batalha de Monte-Caseros, em 1852, e na guerra do Paraguay foi o vencedor de Curuzú, Tuyuty (1867), e Uruguyana, onde tambem commandava o Exercito que obrigou as forças paraguayas a renderem-se. Foi um valente e uma das glorias do nosso Exercito.

Foi Ministro da Guerra no 17º Gabinete de 24 de Maio de 1862, e Deputado pela Provincia do Rio Grande do Sul, nas 10ª, 11ª e 15ª legislaturas.

Era Grã-Cruz da Imperial Ordem de Christo, Dignitario da Imperial Ordem do Cruzeiro, Cavalleiro da Imperial Ordem de S. Bento de Aviz, e tinha as medalhas da Campanha Cisplatina de 1811 e a de 1815, a de Monte Caseros, a de Uruguayana, a de Merito e Bravura Militar e a Geral da Campanha do Paraguay.

BRAZÃO DE ARMAS: Escudo esquartelado: no primeiro, as armas dos Souzas do Prado e Souzas Chichorros, que são esquarteladas: no primeiro as quinas de Portugal sem a orla dos castellos, no segundo, de prata, um leão de góles rompente, e assim os seus alternos; no segundo quartel, as armas dos Leitões: de prata, tres faxas de góles; no terceiro quartel, as armas dos Azevedos, que são esquarteladas: no primeiro, de oiro, uma aguia negra estendida; no segundo, do azul, cinco estrellas de prata em santor e bordadura vermelha carregada com oito aspas de oiro, e assim os alternos; no quarto quartel, partido em pala: na primeira, em campo de oiro, quatro palas de góles; na segunda que é esquartelada, de prata: no primeiro e quarto um leão de purpura rompente, no segundo e terceiro, tres faxas de góles; sobre tudo, um escudo de azul com um castello de prata entre duas chaves do mesmo.

CREAÇÃO DOS TITULOS: Barão com grandeza por decreto de 3 de Março de 1852. Visconde com grandeza por decreto de a de Desembro de 1858. Conde por decreto de 11 de Abril de 1868.