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Corpo

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CORPO

VII

Pompas e pompas, pompas soberanas,
Magestade serena da esculptura,
A chamma da suprema formosura,
A opulencia das purpuras romanas.

As fórmas immortaes, claras e ufanas,
Da graça grega, da belleza pura,
Resplendem na archangelica brancura
Desse teu corpo de emoções profanas.

Cantam as infinitas nostalgias,
Os mysterios do Amor, melancolias,
Todo o perfume de eras apagadas...

E as aguias da paixão, brancas, radiantes,
Voam, revoam, de azas palpitantes,
No esplendor do teu corpo arrebatadas!