Credo de Liberdade/1

A Tradição Democrática
HÁ na história de todas as Nações páginas espléndidas
que, quanto mais se lêem, mais enraizam nos povos as
suas grandes tradições. Estas nunca se perderão
porque estão gravadas no coração dos homens para serem
repetidas, algumas vezes em línguas extranhas, quando o
momento exigir que se afirmem de novo. Em verdade, não
são propriedade duma nação mas património de toda a
humanidade.
Assim acontece com os documentos oficiais e papcis de estado que aqui se apresentam, especialmente a Declaração de Independência, a Constituição e a Declaração dos Direitos Individuais, e também o Discurso de Gettysburg. Fruto do labor de muitos homens, alguns dos quais mortos antes de Colombo ter descoberto a América, a verdade e esperança que neles palpitam foram, pelos anos fora, levadas até aos confins da terra, onde quer que houvesse homens com a inteireza de caráter para reclamarem os seus direitos como tais.
Estas palavras, escritas e proferidas por grandes homens em grandes épocas históricas, são, juntamente com os nomes de três dos seus compatriotas—Thomas Jefferson, George Washington e Abraham Lincoln—o património comum do povo americano. O primeiro—autor da Declaração de Independência— formulou para o mundo os princípios democráticos sôbre os quais se fundava a nova nação; o segundo conduziu à vitória o Exército Revolucionário, e foi o primeiro Presidente da nova República; e o terceiro—o Grande Emancipador—salvou a União que êles tinham consagrado a tão altos propósitos.

Este trabalho está em domínio público nos Estados Unidos por tratar-se de uma obra do Governo dos Estados Unidos (veja 17 U.S.C. 105).
