Deodoro da Fonseca (número único)/Coluna 4/Página 3/O salvador da patria
Também é dever da mulher patriota, quando vé abrirem-se as portas douradas da eternidade, para darem entrada a uma alma tão cheia de nobreza, tão cheia de patriotismo, tal como era a do pelejador heroico, o bravo proclamailor da magestosa Republica brazileira.
A mulher, que também alegra-se quando vé fluctuar no rosado horizonte da pátria, um futuro coroado de louros; também deve chorar quando o paiz inteiro acobertado com o sudario pesado do lucto, lamenta o eterno desaparecimento dum filho caridoso, que tudo sacrificava, uma vez que o limpido estandarte de sua terra fosse desrespeitado, ou quando a nação, opprimida, pedia supplicante a liberdade.
E este filho a quem a patria, estampou na aurea historia é o santo, o chorado fundador da Republica, generalissimo Manoel Deodoro da Fonseca.
E' e por isso, que eu que ainda soluço ante o retrato de Benjamim Constaut, que ainda maldigo o ingrato Vesuvio, em cujo seio ardente, jaz o sublime arauto da crença democrática, Silva Jardim, eu que antes de 15 de Novembro, só pedia a realisação dos ridentes sonhos do mortal Tiradentes ; choro hoje, ao ver que todos os bons brazileiros, chorando também, guiam a galeria dos finados heroes de seu paiz, a imagem venerada de Manoel Deodoro da Fonseca.
E. DA SILVEIRA

Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.

