Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Eterna Magua: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
mSem resumo de edição |
m Retirando categorias redundantes |
||
Linha 11: | Linha 11: | ||
E nunca mais o seu pesar se apaga! |
E nunca mais o seu pesar se apaga! |
||
Não crê em nada, pois, nada há que traga |
Não crê em nada, pois, nada há que traga |
||
Linha 21: | Linha 19: | ||
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga. |
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga. |
||
Sabe que sofre, mas o que não sabe |
Sabe que sofre, mas o que não sabe |
||
Linha 29: | Linha 25: | ||
Na sua vida, é que essa mágoa infinda |
Na sua vida, é que essa mágoa infinda |
||
Transpõe a vida do seu corpo inerme; |
Transpõe a vida do seu corpo inerme; |
||
Linha 37: | Linha 31: | ||
E essa mágoa que o acompanha ainda! |
E essa mágoa que o acompanha ainda! |
||
''([[Eu (Augusto dos Anjos)|Eu]], 51)'' |
''([[Eu (Augusto dos Anjos)|Eu]], 51)'' |
||
[[Categoria:Pré-Modernismo]] |
[[Categoria:Pré-Modernismo]] |
||
[[Categoria:Poesia brasileira]] |
|||
[[Categoria:Augusto dos Anjos]] |
[[Categoria:Augusto dos Anjos]] |
||
[[Categoria:1912]] |
[[Categoria:1912]] |
Revisão das 22h42min de 31 de outubro de 2009
O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do Mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo á Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.
Sabe que sofre, mas o que não sabe
E que essa mágoa infinda assim, não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
E essa mágoa que o acompanha ainda!
(Eu, 51)