A mãe das sete dores: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
← nova página: {{navegar |obra=A mãe das sete dores |autor=Luís Delfino |notas=Publicada em Rosas Negras. }} <poem> É velha; mas a hora que caminha, Marca, a férreo ponteiro... |
m Retirando categorias redundantes |
||
Linha 24: | Linha 24: | ||
</poem> |
</poem> |
||
[[Categoria:Poesia brasileira]] |
|||
[[Categoria:Luís Delfino]] |
[[Categoria:Luís Delfino]] |
||
[[Categoria:Rosas Negras]] |
[[Categoria:Rosas Negras]] |
Edição atual desde as 22h52min de 31 de outubro de 2009
É velha; mas a hora que caminha,
Marca, a férreo ponteiro, a face dela:
Vê-se no gesto, inda hoje, que foi bela,
De uma beleza austera de rainha.
O tempo em rugas múltiplas se apinha,
Qual risca um lago a garra da procela,
Na tez, que foi esplendorosa tela,
E onde riu tudo, a mágoa enfim se aninha,
Tem hoje a cicatriz do desconforto,
No olhar, nos lábios, no sorriso morto,
Na fronte em pregas cheias de rumores.
Muda estátua de mármore estragado,
Parece que viveu por ter chorado,
Como a Niobe, a mãe das sete dores...