As mãos de minha avó: diferenças entre revisões

Wikisource, a biblioteca livre
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Luckas Blade (discussão | contribs)
nova página: {{navegar |obra=As mãos de minha avó |autor=Luís Delfino |notas=Publicada em Rosas Negras. }} <poem> Como manhã doirada e cor de rosa, Que as asas cortam de u...
 
Lucia Bot (discussão | contribs)
m Retirando categorias redundantes
 
Linha 24: Linha 24:
</poem>
</poem>


[[Categoria:Poesia brasileira]]
[[Categoria:Luís Delfino]]
[[Categoria:Luís Delfino]]
[[Categoria:Rosas Negras]]
[[Categoria:Rosas Negras]]

Edição atual desde as 22h55min de 31 de outubro de 2009

Como manhã doirada e cor de rosa,
Que as asas cortam de uma pomba mansa,
Da minha avó trinava a mão rugosa
Nos meus loiros cabelos de criança.
 
A sua pele fora setinosa,
Com reflexos que o sangue à neve lança;
Passou com os anos por total mudança,
Sem contudo deixar de ser mimosa.
 
A fina palma o tempo avermelhara,
E o dorso, que riscavam grossas veias,
Tinha o tremor de um pássaro que pára.
 
— E eu me dizia: As suas mãos são feias,
Mas... quando as abre, abre-me uns céus, que enluara
A meiga luz de duas luas cheias.