As torrentes: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
← nova página: {{navegar |obra=As torrentes |autor=Luís Delfino |notas=Publicada em Rosas Negras. }} <poem> ''Ao Dr. Joaquim de Pausa Sousa'' Penedias, Briaréus a grandes tra... |
m Retirando categorias redundantes |
||
Linha 26: | Linha 26: | ||
</poem> |
</poem> |
||
[[Categoria:Poesia brasileira]] |
|||
[[Categoria:Luís Delfino]] |
[[Categoria:Luís Delfino]] |
||
[[Categoria:Rosas Negras]] |
[[Categoria:Rosas Negras]] |
Edição atual desde as 22h55min de 31 de outubro de 2009
Ao Dr. Joaquim de Pausa Sousa
Penedias, Briaréus a grandes traços
Feitos, e a golpes de cinzel gigante
Pelo escultor, que deixa nos espaços
Os pregos de oiro quente e chamejante
Das alpercatas, com que vai triunfante
Calcando, à noite, o azul a grandes passos,
Sem um sinal de esforço no semblante,
Levando os sóis debaixo dos seus braços...
De vossas rudes órbitas vazias,
Sob os sulcos de alvar e bronca testa,
Quem vos arranca as lágrimas sombrias?...
Quem vossa fronte enruga, escalva, cresta?
— Eu, disse o sol, eu mordo as penedias;
— Eu as faço chorar, disse a floresta.