Todas as opiniões que há sobre a Natureza: diferenças entre revisões

Wikisource, a biblioteca livre
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ajustes utilizando AWB
multiplos ajustes utilizando AWB
Linha 3: Linha 3:
|autor=Alberto Caeiro
|autor=Alberto Caeiro
}}
}}
:Todas as opiniões que há sobre a Natureza
:Nunca fizeram crescer uma erva ou nascer uma flor.
:Toda a sabedoria a respeito das cousas
:Nunca foi cousa em que pudesse pegar como nas cousas;
:Se a ciência quer ser verdadeira,
:Que ciência mais verdadeira que a das cousas sem ciência?


<poem>
Todas as opiniões que há sobre a Natureza
Nunca fizeram crescer uma erva ou nascer uma flor.
Toda a sabedoria a respeito das cousas
Nunca foi cousa em que pudesse pegar como nas cousas;
Se a ciência quer ser verdadeira,
Que ciência mais verdadeira que a das cousas sem ciência?


:Fecho os olhos e a terra dura sobre que me deito
Fecho os olhos e a terra dura sobre que me deito
:Tem uma realidade tão real que até as minhas costas a sentem.
Tem uma realidade tão real que até as minhas costas a sentem.
:Não preciso de raciocínio onde tenho espáduas.
Não preciso de raciocínio onde tenho espáduas.
</poem>
{{sem ano}}


[[Categoria:Realismo português]]
[[Categoria:Poesia portuguesa]]
[[Categoria:Alberto Caeiro]]
[[Categoria:Alberto Caeiro]]
[[Categoria:Fernando Pessoa]]
[[Categoria:Fernando Pessoa]]

Revisão das 05h01min de 22 de julho de 2006

Todas as opiniões que há sobre a Natureza
Nunca fizeram crescer uma erva ou nascer uma flor.
Toda a sabedoria a respeito das cousas
Nunca foi cousa em que pudesse pegar como nas cousas;
Se a ciência quer ser verdadeira,
Que ciência mais verdadeira que a das cousas sem ciência?

Fecho os olhos e a terra dura sobre que me deito
Tem uma realidade tão real que até as minhas costas a sentem.
Não preciso de raciocínio onde tenho espáduas.