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HORAS DE SAUDADE
Tudo vem me lembrar que tu fugiste, Tudo que me rodeia de ti falia, Inda a almofada, era que pousaste a fronte, O teu perfume predilecto exhala.
No piano saudoso, á tua espera, Dormem somno de morte as harmonias. E a walsa entreaberta mostra a phrase, A doce phrase qu'inda ha pouco lias.
As horas passam longas, somnolentas... Desce a tarde no carro vaporoso... DAve-Maria o sino, que soluça, É por ti que soluça mais queixoso.
E não vens te sentar perto, bem perto, Nem derramas, ao vento da tardinha.