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E8ÍUMAS FLUCTUANTES 111 |
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E pede á sombra, p'ra aljofrar de orvalhos |
E pede á sombra, p'ra aljofrar de orvalhos |
Revisão das 16h24min de 3 de dezembro de 2010
E pede á sombra, p'ra aljofrar de orvalhos A fronte azul da solidão pi;turna. E pede ás auras, p'rafagar os galhos E pede ao lyrio, p'r» enfeitar a furna.
Pede ao olhar a maciez suave
Que tem o írminho e o edredon macio,
O avelludado da pennugem d'ave,
Que afaga ás"plumas no palmar sombrio.
E quando encontra sobre a terra ingrata Um reverbero do clarão celeste,
— Alma formada de uma essência grata, Que a lua doura, e que um perfume veste;
Um rir que nasce, como o broto em Maio, Mostrando seivas de bondade infinda,. Fronte que guarda — a claridade e o raio,
— Virtudes graça — o ser bondosa e linda.
Então, senhora, sob tanto encanto Pede o poeta (que não tem renome)
— Versos — á briza p'ra vos dar um canto.. Raios ao sol — p'ra vos traçar o nome!...
Bahia, 26 de Janeiro de 1870.