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E pede á sombra, p'ra aljofrar de orvalhos
E pede á sombra, p′ra aljofrar de orvalhos
A fronte azul da solidão pi;turna.
A fronte azul da solidão pi;turna.
E pede ás auras, p'rafagar os galhos
E pede ás auras, p′rafagar os galhos
E pede ao lyrio, p'r» enfeitar a furna.
E pede ao lyrio, p′r» enfeitar a furna.


Pede ao olhar a maciez suave
Pede ao olhar a maciez suave
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Que tem o írminho e o edredon macio,
Que tem o írminho e o edredon macio,


O avelludado da pennugem d'ave,
O avelludado da pennugem d′ave,


Que afaga ás"plumas no palmar sombrio.
Que afaga ás"plumas no palmar sombrio.
Linha 28: Linha 29:
Pede o poeta (que não tem renome)
Pede o poeta (que não tem renome)


— Versos — á briza p'ra vos dar um canto..
— Versos — á briza p′ra vos dar um canto..
Raios ao sol — p'ra vos traçar o nome!...
Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!...


Bahia, 26 de Janeiro de 1870.
Bahia, 26 de Janeiro de 1870.
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Revisão das 04h02min de 7 de dezembro de 2010

ESPUMAS FLUCTUANTES
111


E pede á sombra, p′ra aljofrar de orvalhos
A fronte azul da solidão pi;turna.
E pede ás auras, p′rafagar os galhos
E pede ao lyrio, p′r» enfeitar a furna.

Pede ao olhar a maciez suave

Que tem o írminho e o edredon macio,

O avelludado da pennugem d′ave,

Que afaga ás"plumas no palmar sombrio.

E quando encontra sobre a terra ingrata
Um reverbero do clarão celeste,

— Alma formada de uma essência grata,
Que a lua doura, e que um perfume veste;

Um rir que nasce, como o broto em Maio,
Mostrando seivas de bondade infinda,.
Fronte que guarda — a claridade e o raio,

— Virtudes graça — o ser bondosa e linda.

Então, senhora, sob tanto encanto
Pede o poeta (que não tem renome)

— Versos — á briza p′ra vos dar um canto..
Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!...

Bahia, 26 de Janeiro de 1870.