Página:Espumas fluctuantes (corr. e augm.).djvu/119: diferenças entre revisões
ajustes utilizando AWB |
ajustes utilizando AWB |
||
Cabeçalho (em modo ''noinclude''): | Cabeçalho (em modo ''noinclude''): | ||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{cabeçalho||ESPUMAS FLUCTUANTES|111}}{{linha horizontal|100%;}} |
|||
Corpo de página (em modo de transclusão): | Corpo de página (em modo de transclusão): | ||
Linha 1: | Linha 1: | ||
<poem> |
|||
E pede á sombra, |
E pede á sombra, p′ra aljofrar de orvalhos |
||
A fronte azul da solidão pi;turna. |
A fronte azul da solidão pi;turna. |
||
E pede ás auras, |
E pede ás auras, p′rafagar os galhos |
||
E pede ao lyrio, |
E pede ao lyrio, p′r» enfeitar a furna. |
||
Pede ao olhar a maciez suave |
Pede ao olhar a maciez suave |
||
Linha 9: | Linha 10: | ||
Que tem o írminho e o edredon macio, |
Que tem o írminho e o edredon macio, |
||
O avelludado da pennugem |
O avelludado da pennugem d′ave, |
||
Que afaga ás"plumas no palmar sombrio. |
Que afaga ás"plumas no palmar sombrio. |
||
Linha 28: | Linha 29: | ||
Pede o poeta (que não tem renome) |
Pede o poeta (que não tem renome) |
||
— Versos — á briza |
— Versos — á briza p′ra vos dar um canto.. |
||
Raios ao sol — |
Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!... |
||
Bahia, 26 de Janeiro de 1870. |
Bahia, 26 de Janeiro de 1870. |
||
</poem> |
|||
Rodapé (em modo ''noinclude''): | Rodapé (em modo ''noinclude''): | ||
Linha 1: | Linha 1: | ||
<references/> |
<references/> |
Revisão das 04h02min de 7 de dezembro de 2010
E pede á sombra, p′ra aljofrar de orvalhos
A fronte azul da solidão pi;turna.
E pede ás auras, p′rafagar os galhos
E pede ao lyrio, p′r» enfeitar a furna.
Pede ao olhar a maciez suave
Que tem o írminho e o edredon macio,
O avelludado da pennugem d′ave,
Que afaga ás"plumas no palmar sombrio.
E quando encontra sobre a terra ingrata
Um reverbero do clarão celeste,
— Alma formada de uma essência grata,
Que a lua doura, e que um perfume veste;
Um rir que nasce, como o broto em Maio,
Mostrando seivas de bondade infinda,.
Fronte que guarda — a claridade e o raio,
— Virtudes graça — o ser bondosa e linda.
Então, senhora, sob tanto encanto
Pede o poeta (que não tem renome)
— Versos — á briza p′ra vos dar um canto..
Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!...
Bahia, 26 de Janeiro de 1870.