Página:Espumas fluctuantes (corr. e augm.).djvu/255: diferenças entre revisões

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HORAS DE SAUDADE
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<poem>
Tudo vem me lembrar que tu fugiste,
Tudo vem me lembrar que tu fugiste,
Tudo que me rodeia de ti falia,
Tudo que me rodeia de ti falia,
Linha 9: Linha 11:
Dormem somno de morte as harmonias.
Dormem somno de morte as harmonias.
E a walsa entreaberta mostra a phrase,
E a walsa entreaberta mostra a phrase,
A doce phrase qu'inda ha pouco lias.
A doce phrase qu′inda ha pouco lias.


As horas passam longas, somnolentas...
As horas passam longas, somnolentas...
Linha 18: Linha 20:
E não vens te sentar perto, bem perto,
E não vens te sentar perto, bem perto,
Nem derramas, ao vento da tardinha.
Nem derramas, ao vento da tardinha.
</poem>
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<references/>
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Revisão das 04h13min de 7 de dezembro de 2010

ESPUMAS FLUCTUANTES
247

HORAS DE SAUDADE


Tudo vem me lembrar que tu fugiste,
Tudo que me rodeia de ti falia,
Inda a almofada, era que pousaste a fronte,
O teu perfume predilecto exhala.

No piano saudoso, á tua espera,
Dormem somno de morte as harmonias.
E a walsa entreaberta mostra a phrase,
A doce phrase qu′inda ha pouco lias.

As horas passam longas, somnolentas...
Desce a tarde no carro vaporoso...
DAve-Maria o sino, que soluça,
É por ti que soluça mais queixoso.

E não vens te sentar perto, bem perto,
Nem derramas, ao vento da tardinha.