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E pede á sombra, p′ra aljofrar de orvalhos |
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A fronte azul da solidão |
A fronte azul da solidão nocturna. |
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E pede ás auras, p′rafagar os galhos |
E pede ás auras, p′rafagar os galhos |
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E pede ao lyrio, |
E pede ao lyrio, p′ra enfeitar a furna. |
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Pede ao olhar a maciez suave |
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O avelludado da pennugem d′ave, |
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E quando encontra sobre a terra ingrata |
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Um reverbero do clarão celeste, |
Um reverbero do clarão celeste, |
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— Alma formada de uma essência grata, |
— Alma formada de uma essência grata, |
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Que a lua doura, e que um perfume veste; |
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Mostrando seivas de bondade infinda,. |
Mostrando seivas de bondade infinda,. |
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Fronte que guarda — a claridade e o raio, |
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Então, senhora, sob tanto encanto |
Então, senhora, sob tanto encanto |
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Pede o poeta (que não tem renome) |
Pede o poeta (que não tem renome) |
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— Versos — á briza p′ra vos dar um canto.. |
— Versos — á briza p′ra vos dar um canto.. |
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Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!... |
Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!... |
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Bahia, 26 de Janeiro de 1870. |
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Revisão das 00h19min de 17 de dezembro de 2010
E pede á sombra, p′ra aljofrar de orvalhos
A fronte azul da solidão nocturna.
E pede ás auras, p′rafagar os galhos
E pede ao lyrio, p′ra enfeitar a furna.
Pede ao olhar a maciez suave
Que tem o arminho e o edredon macio,
O avelludado da pennugem d′ave,
Que afaga ás plumas no palmar sombrio.
....................................................
E quando encontra sobre a terra ingrata
Um reverbero do clarão celeste,
— Alma formada de uma essência grata,
Que a lua doura, e que um perfume veste;
Um rir que nasce, como o broto em Maio,
Mostrando seivas de bondade infinda,.
Fronte que guarda — a claridade e o raio,
— Virtudes graça — o ser bondosa e linda...
Então, senhora, sob tanto encanto
Pede o poeta (que não tem renome)
— Versos — á briza p′ra vos dar um canto..
Raios ao sol — p′ra vos traçar o nome!...
Bahia, 26 de Janeiro de 1870.