Bem sei, Amor, que he certo o que receio: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m 555 moveu a página Bem sei, Amor, que é certo o que receio para Bem sei, Amor, que he certo o que receio |
Sem resumo de edição |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{navegar |
{{navegar |
||
|obra=Bem sei, Amor, que |
|obra = (Bem sei, Amor, que he certo o que receio) |
||
|autor=Luís Vaz de Camões |
|autor = Luís Vaz de Camões |
||
|anterior = |
|||
}}<poem> |
|||
|posterior = |
|||
Bem sei, Amor, que é certo o que receio; |
|||
|seção = |
|||
mas tu, porque com isso mais te apuras, |
|||
|notas = {{integra|poema=[[Obras completas de Luis de Camões]] (1843, v. II)|agrupado=1}} |
|||
de manhoso mo negas, e mo juras |
|||
|edição_override = {{edição/originais}} |
|||
no teu dourado arco; e eu to creio. |
|||
}}{{modernização}} |
|||
<pages index="Obras completas de Luis de Camões II (1843).djvu" from=114 to=114 fromsection=LXXIX tosection=LXXIX /> |
|||
A mão tenho metida no teu seio, |
|||
e não vejo meus danos às escuras; |
|||
e tu contudo tanto me asseguras |
|||
que me digo que minto, e que me enleio. |
|||
Não somente consinto neste engano, |
|||
mas inda to agradeço, e a mim me nego |
|||
tudo o que vejo e sinto de meu dano. |
|||
Oh! poderoso mal a que me entrego! |
|||
Que, no meio do justo desengano, |
|||
me possa inda cegar um moço cego! |
|||
</poem> |
|||
[[Categoria:Luís Vaz de Camões]] |
[[Categoria:Luís Vaz de Camões]] |
||
[[Categoria:Obras completas de Luis de Camões]] |
|||
[[Categoria:Poesia portuguesa]] |
[[Categoria:Poesia portuguesa]] |
||
[[Categoria:Classicismo português]] |
[[Categoria:Classicismo português]] |
Edição atual desde as 03h51min de 22 de dezembro de 2014
Bem sei, Amor, que he certo o que receio;
Mas tu, porque com isso mais te apuras,
De manhoso mo negas, e mo juras
Nesse teu arco de ouro; e eu te creio.
A mão tenho metida no meu seio,
E não vejo os meus damnos ás escuras:
Porém porfias tanto e me asseguras,
Que me digo que minto, e que me enleio.
Nem somente consinto neste engano,
Mas inda to agradeço, e a mi me nego
Tudo o que vejo e sinto de meu dano.
Oh poderoso mal a que me entrego!
Que no meio do justo desengano
Me possa inda cegar hum moço cego?