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— Uma esteira de espumas... — flôres perdidas |
— Uma esteira de espumas... — flôres perdidas na vasta indifferença do oceano. — Um punhado de versos... — espumas fluctuantes no dorso féro da vida!... |
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na vasta indifferença do oceano. — Um punhado |
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de versos... — espumas fluctuantes no dorso fero da |
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vida!... |
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E o que são na verdade estes meus cantos?... |
E o que são na verdade estes meus cantos?... |
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Como as espumas que nascem do mar e do céo, |
Como as espumas que nascem do mar e do céo, da vaga e do vento, elles são filhos da musa — este sopro do alto; do coração — este pelago da alma. |
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da vaga e do vento, elles são filhos da musa — este |
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sopro do alto; do coração — este pelago da alma. |
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E como as espumas são, ás vezes, a flora sombria |
E como as espumas são, ás vezes, a flora sombria da tempestade, elles por vezes rebentaram ao estalar fatidico do latego da desgraça. |
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da tempestade, elles por vezes rebentaram ao estalar |
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fatídico do látego da desgraça. |
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E como tambem o aljofre dourado das espumas reflecte as opalas rutilantes do arco-iris, elles por acaso reflectiram o prisma fantastico da ventura ou do enthusiasmo — estes signos brilhantes da alliança de Deus com a juventude! |
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E como tambem o aljofre dourado das espumas |
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reflecte as opalas rutilantes do arco-iris, elles por |
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acaso reflectiram o prisma fantástico da ventura ou |
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do enthusiasmo — estes signos brilhantes da alliança |
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de Deus com a juventude! |
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Mas, como as espumas fluctuantes levam, boiando |
Mas, como as espumas fluctuantes levam, boiando nas solidões marinhas a lagrima saudosa do marujo... possam elles, ó meus amigos! — ephemeros filhos de minh′alma — levar uma lembrança de mim ás vossas plagas!... |
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nas solidões marinhas a lagrima saudosa do marujo., |
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possam elles, ó meus amigos! — ephemeros filhos |
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de minh′alma — levar uma lembrança de mim ás |
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vossas plagas!... |
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S. Salvador — Fevereiro de 1870. |
S. Salvador — Fevereiro de 1870. |
Revisão das 05h45min de 22 de maio de 2015
brais nos bastidores do abysmo, o que resta de vós?
— Uma esteira de espumas... — flôres perdidas na vasta indifferença do oceano. — Um punhado de versos... — espumas fluctuantes no dorso féro da vida!...
E o que são na verdade estes meus cantos?...
Como as espumas que nascem do mar e do céo, da vaga e do vento, elles são filhos da musa — este sopro do alto; do coração — este pelago da alma.
E como as espumas são, ás vezes, a flora sombria da tempestade, elles por vezes rebentaram ao estalar fatidico do latego da desgraça.
E como tambem o aljofre dourado das espumas reflecte as opalas rutilantes do arco-iris, elles por acaso reflectiram o prisma fantastico da ventura ou do enthusiasmo — estes signos brilhantes da alliança de Deus com a juventude!
Mas, como as espumas fluctuantes levam, boiando nas solidões marinhas a lagrima saudosa do marujo... possam elles, ó meus amigos! — ephemeros filhos de minh′alma — levar uma lembrança de mim ás vossas plagas!...
S. Salvador — Fevereiro de 1870.
Castro Alves.