Página:Espumas fluctuantes (corr. e augm.).djvu/58: diferenças entre revisões

Wikisource, a biblioteca livre
m Pywikibot touch script
Estado da páginaEstado da página
-
!Páginas não revisadas
+
!Páginas revisadas
Corpo de página (em modo de transclusão):Corpo de página (em modo de transclusão):
Linha 1: Linha 1:

<poem>
<poem>
« Mulher, se eu fallar. promettes
«Mulher, se eu fallar, promettes
A porta abrir-me?» — Talvez.
A porta abrir-me?» — Talvez.
— «Olha... Nas cans deste velho

Verás fanados laureis.
— « Olha... Nas cans deste vellio
\′erás fanados lauréis.

Ha no meu craneo enrugado
Ha no meu craneo enrugado
O fundo sulco traçado
O fundo sulco traçado
Pela c′roa imperial.
Pela c′roa imperial.
Foraíxido, errante espectro,
Foragido, errante espectro,
Meu cajado — já foi sceptro!
Meu cajado — já foi sceptro!
Meus trapos — manto real i»
Meus trapos — manto real!»


— Senhor, minha casa é pobre...
— Senhor, minha casa é pobre...
Ide bater a um solar!
Ide bater a um solar!
«De lá venho... O Rei-fantasma

Baniram do proprio lar.
« De lá venho... O Rei- fantasma
Baniram do próprio lar.
Nas largas escadarias,
Nas largas escadarias,
Nas vetustas galerias,
Nas vetustas galerias,
Os pairens e as cortezans
Os pagens e as cortezans
Cantavam!... Reinava a orgia!...
Cantavam!... Reinava a orgia!...
Festa! Festa! E ninguém via
Festa! Festa! E ninguem via
O rei coberto de cans! «
O rei coberto de cans!»


— Fantasma! Aos grandes que tombam,
— Fantasma! Aos grandes que tombam,
É palácio o mausoléo!
É palacio o mausoléo!
Tambem meu tumulo morreu.

— «Silencio! De longe eu venho...
Também meu tunmlo morreu.

— « Silencio! De longe eu venho...
O sec′lo — traça que medra
O sec′lo — traça que medra

Nos livros feitos de pedra,
Nos livros feitos de pedra,
Róc o mármore, cruel.
Róe o marmore, cruel.
</poem>
</poem>

Revisão das 00h44min de 29 de maio de 2015

50
ESPUMAS FLUCTUANTES

«Mulher, se eu fallar, promettes
A porta abrir-me?» — Talvez.
— «Olha... Nas cans deste velho
Verás fanados laureis.
Ha no meu craneo enrugado
O fundo sulco traçado
Pela c′roa imperial.
Foragido, errante espectro,
Meu cajado — já foi sceptro!
Meus trapos — manto real!»

— Senhor, minha casa é pobre...
Ide bater a um solar!
«De lá venho... O Rei-fantasma
Baniram do proprio lar.
Nas largas escadarias,
Nas vetustas galerias,
Os pagens e as cortezans
Cantavam!... Reinava a orgia!...
Festa! Festa! E ninguem via
O rei coberto de cans!»

— Fantasma! Aos grandes que tombam,
É palacio o mausoléo!
Tambem meu tumulo morreu.
— «Silencio! De longe eu venho...
O sec′lo — traça que medra
Nos livros feitos de pedra,
Róe o marmore, cruel.