Correspondência ativa de Euclides da Cunha em 1895: diferenças entre revisões

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<p>Euclides
<p>Euclides

== B.do Descalvado, 3 de maio de 1895 ==

:Meu caro João Luís

<p>Envio-te apertado abraço, desejando as maiores felicidades assim como a toda a família. Com exceção do filhinho menor, chegamos bem. Fizemos a pior das viagens: logo ao entrar no trem, aí, na Campanha, a Saninha deitou-se, tonta pelo movimento e só levantou em S. Paulo! Imagina, agora, que interessantíssima viagem eu fiz, tendo de fazer requisições de passe, de baldear bagagens e ao mesmo tempo cuidar das funções estranhas de ama-seca… No Cruzeiro, enquanto eu requisitava a passagem, a Saninha e a senhora do dr. Carlito tomaram o trem que seguia para o Rio e quase que para lá foram – porque após desfeito o engano, retiraram-se do trem quando este já ia em movimento – Renuncio, porém, à ideia de relatar-te os episódios da romaria. Esta carta tem um único objetivo: demonstrar-te que não esqueço o bom e distinto amigo. Tenho tantas cartas a escrever que me é impossível alongar-me mais. Amanhã escreverei ao teu sogro, o inolvidável parceiro do pôquer. Dê-lhe, por mim, apertadíssimo abraço. Diga ao Capelli que amanhã irei tratar do negócio do Ferreira e então escrever-lhe-ei.</p>
<p>É escusado dizer as saudades que sinto da Campanha. Já temos aqui um quarto preparado para você e família – porque afinal estamos certos que não ficará em palavra apenas a promessa que nos fez de vir passar aqui algum tempo.</p>
<p>Lamento não ter tempo para conversarmos mais, noutra carta serei mais longo. A Saninha envia muitas saudades a d. Fernandina, d. Maria Antonia, d. Zoraide, d. Lalica e meninos; deseja, como eu, que a Maria de Lourdes continue bonita e forte. Abrace por mim aos amigos daí e disponha de quem é com verdadeira estima amº. obrmo.</p>

:Euclides

[carimbo: Euclydes R. Pimenta da Cunha
Fazenda Trindade
Belém do Descalvado]


== S. Paulo, 9 de outubro de 1895 ==
== S. Paulo, 9 de outubro de 1895 ==
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<p>Diga ao nosso grande amigo dr. Brandão compreendo perfeitamente que somente raras vezes terá tempo para escrever aos amigos, com a vida atarefada que aí leva.
<p>Diga ao nosso grande amigo dr. Brandão compreendo perfeitamente que somente raras vezes terá tempo para escrever aos amigos, com a vida atarefada que aí leva.
<p>Recebemos o broche que aí ficara e não comuniquei porque era desnecessário.
<p>Recebemos o broche que aí ficara e não comuniquei porque era desnecessário.
<p>Recomende-nos muito a todos da tua família e do dr. Brandão. Mal resta-me espaço para assinar-me como sempre. Amo obrmo.
<p>Recomende-nos muito a todos da tua família e do dr. Brandão. Mal resta-me espaço para assinar-me como sempre. Amº obrmo.


<p>Euclides da Cunha
<p>Euclides da Cunha

Revisão das 17h03min de 22 de julho de 2016

S. Paulo, 6 de janeiro de 1895

Meu caro João Luís

Saúde e felicidades. Desejo que estejas bom assim como toda a família. Recebi a tua carta e dou-te razão para estranhares o meu silêncio. Realmente, acúmulo de trabalho tem me impedido escrever não só a ti como a outros amigos. Recebi o teu delicado cartão no dia 1º, o qual me veio lembrar mais uma falta por mim cometida, visto como me esqueci inteiramente de saudar nesse dia aos raros e bons amigos que possuo.

Escrevo esta da casa do Porchat em quem dei o abraço que enviaste; é escusado dizer-te que ele o recebeu com a maior satisfação e agradece-te muitíssimo. É um belíssimo rapaz que quase sempre me recorda um bom amigo ausente, igualmente moço e talentoso, que aí tenho, longe, nessa nossa adorável Campanha…

Diga ao Lemos que breve, amanhã, escrever-lhe-ei; faz-lhe uma visita por mim.

Soube aqui qualquer coisa acerca do nosso velho amigo Bernanrdo Veiga que ao que parece esteve às voltas com um tratante qualquer, tendo a satisfação porém, de ser amparado, na refrega, por todos os filhos daí. Ainda bem: envio-lhe um abraço. Faz aqui um calor espantoso, 32, 33, 34 graus, quase diariamente; apesar disto, vou indo melhor de saúde e vão bem todos de casa. Vou logo saber se já veio afinal o Borges Carneiro. Em último caso enviar-te-ei, se o quiseres, o poeirento fóssil que existe no Garraux.

Como vai nosso ilustre amigo dr. Brandão? Dê-lhe apertados abraços por mim.

E o Chiquito? As altas questões da Justiça pública, certo, não lhe dão tempo para indagar da saúde do afilhado.

Espero a chegada do velho, que está no Paraná, a fim de tomar uma resolução qualquer acerca da mudança de vida. O clima aqui é prejudicialíssimo e estou vendo que não poderei suportá-lo longo tempo. Prevenir-te-ei, com tempo, acerca de qualquer solução.

Escreva-me sempre. Dê apertado abraço nos amigos; recomenda-me a teu sogro e a toda família.

Saudade do am. velho

:Euclides

S. Paulo, 10 de janeiro de 1895

Ilustre amigo general Solon

Desejamos que esta o encontre assim como a todos de boa saúde e felizes. Nós vamos bem, sobretudo os filhinhos, robustos, fortes como sempre. Eu é que me sinto extenuado, exausto mesmo de trabalhos, vou vivendo, porém aguentando heroicamente a luta pela vida.

Já sei que o sr. está bem aí; esta gente do Norte é boa e cavalheira – estimá-lo-á; há de deixar aí muitos amigos – e entre eles o meu tio José, um bom tipo de homem honesto e digno que lhe recomendo.

Há dias estive com o dr. Cerqueira César que lhe manda muitas lembranças – é um bom velho este e parece ser seu amigo.

Não sei que resolução tomar ainda sobre a volta à carreira militar; o meu tempo de agregação está a expirar e preciso tomar uma deliberação qualquer. Como sabe eu sou de uma irresolução vergonhosa até – se puder e quiser ajudar-me um pouco com a sua sólida experiência de homem que já lutou muito. Aguardo neste sentido a sua resposta. Uma das coisas que me impressionam é reverter e ficar adido ao quartel general, com vencimentos reduzidos e com família que somente eu sustento sem apoio algum estranho. Às vezes penso em ir para aí, como engenheiro civil, numa comissão mais ou menos estável, que me faculte reformar-me sem medo. Talvez o senhor pudesse conseguir isto com alguma influência política daí. Mande-me dizer qualquer coisa a respeito. Aqui, compreendo (e mesmo nada tentei ainda) que pouco ou nada conseguirei de uma política enredadíssima e listrada pelas raias rubras do jacobinismo que me vê com maus olhos. Tenho com os homens da situação relações corteses de cumprimento e não me animo (e porque não dizer – não quero?) ir além.

Tenho trabalhado muito e lucrei muito como engenheiro nestes seis meses de aplicação – não dou por perdido, portanto, todo este tempo. Preocupo-me, porém, muito pensando no futuro para o qual terei talvez aptidão para seguir, mas certo não tenho jeito.

Ora, a situação é justamente dos espertos, daí o grande desânimo que me atinge.

Estarão aí tão irrequietos como aqui os restauradores?

Às vezes creio que a nossa República atravessa os piores dias. Esta reação monárquica tem afinal aliança das nossas desgraças políticas e tremos às vezes, imaginando um sucesso que por isso mesmo é um absurdo pode-se realizar na nossa terra.

Também será o que falta para completar a nossa desmoralização perante o mundo.

A pior posição será a nossa, a dos republicanos de todos os tempos… os outros aderirão pela segunda vez e continuarão a mesma vida cômoda que hoje têm.

A Saninha pede-lhe para retribuir as lembranças da família do sr. coronel Saturnino.

Mande-nos dizer que tal tem achado tudo isto por aí; mas escreva-me – não creio que o comando do Distrito abosorva-lhe todo o tempo. Os meus amigos vão ficando escasssos – só falta agora que o velho amigo imite-os. Também a Saninha queixa-se da falta de cartas… neste andar a nossa sociedade estará em breve reduzida aos dois filhinhos.

Esteve aqui o Ferraz e trouxe uns presentes que agradecemos. O coronel Noronha, um bom e digno amigo seu manda muitas lembranças.

Recomende-me a todoso. Aí vai grande abraço e grandes saudações do genro e am. obrmo.

Euclides da Cunha


Campanha, 23 de janeiro de 1895

Porchat

Desejo-te saúde e felicidades; cumprimento a toda a família.

Há dois ou três dias recebi a tua última carta e estimei saber que estás bom assim como toda a família. Creio que breve deixarei esta boa terra – aonde desejaria atravessaria atravessar a existência toda – porque o Regimento que aqui estava seguiu já para S. João Del Rei. Não sei para onde irei.

Concordo contigo acerca da má feição dos negócios públicos daí; péssima feição cuja causa essencial está neste fato: não há lugar algum no mundo tão próprio para o sucesso das nulidades atrevidas quanto S. Paulo. Passar uma revista pelo mundo político desta terra é observar os tipos mais completos dos mais perfeitos parvenus.

Bem sabes que não preciso saber uma longa citação de nomes.

Eu lamento o fato; S. Paulo é digno de outros homens, é digno de outro destino.

Escreva-me sempre, todos daqui muito se recomendam aos teus.

Aceita um abraço do am. obrdo.

Euclides

S. Paulo, 22 de fevereiro de 1895

João Luís

Desejo-te saúde e felicidades. Recomenda-nos a toda a família. Acabo de receber com a maior satisfação a tua última carta. Tens razão estranhando o meu silêncio; ele é, porém, justificado; tenho a vida atarefada de sempre e embora não esqueça os amigos sem sempre posso escrever-lhes. Imagina que atravesso o período agudo das maiores preocupações: estás prestes a terminar o meu tempo de agregação e terei de dar uma solução definitiva à vida – Com certeza opinarei pela vida civil.

Admitindo, porém, esta última solução que é a mais fácil do problema, surgem outros : deverei permanecer como empregado público? Resolvo igualmente pela negativa. De sorte que terei de ligar-me às grandes agitações da minha carreira, a a toda uma grande cópia de incômodos. Assim é que talvez seja para a construção de uma nova estrada de ferro entre Araraquara e Ribeirãozinho e etc. Tudo isto, como vês, seria coisa fácil se não fosse a família – daí as preocupações a que acima me referi, as quais ocupando todo o tempo em que por acaso esteja desocupado, impedem-me conversar um pouco, à distância, com os amigos ausentes. Além disto, como sabes, eu tinha a ideia de dar um passeio até aí e agora vejo que é preciso demorar a viagem até que se resolva a situação atual em que estou.

Vou indo, entretanto, perfeitamente bem – e acho-me perfeitamente animado, encarando com firmeza o futuro. Creio mesmo que muito breve realizarei o meu grande sonho, a única aspiração constante que de há muito tenho: tirar, por concurso, uma cadeira na Escola de Engenharia daqui. Logo que abrirem as inscrições avisar-te-ei – e fique já certo de que não dispensarei, absolutamente não dispensarei, a tua presença no dia em que tiver de defender a tese que apresentar. Dizer-te isto é dizer-te que tenho estudado alguma coisa. Ficas assim formando perfeita ideia de uma das existências mais agitadas de nossa terra (salvo os coeficientes de redução que a minha modéstia determina que sejam antepostos a tal expressão).

Dê apertado abraço em cada um dos bons amigos daí e acredita sempre na afeição do am. e admdor.

Euclides

N. B. – Estou em grave falta acerca dos livros que encomendaste; não tenho estado com o Michel de sorte que é bem possível já tenham vindo. Logo verificarei – e escrever-te-ei imediatamente. Desculpa a pressa com que vai esta escrita. Dê um abraço no dr. Brandão e em teu sogro.

Euclides

Campanha, 27 de março de 1895

Porchat

Saúdo-te, desejando felicidades, assim como à Exma. família. Nós vamos bem.

Mui breve creio estar aí: dei parte de doente ― considerando-me incapaz para a vida militar, incapaz fisicamente porque moralmente creio-me incompatível de há muito com ela. Aguardo a inspeção de saúde que será feita aí, na sede do Distrito.

Quer isto dizer que mui breve terei a satisfação de abraçar o meu grande amigo.

Responda-me; aceita um abraço do

Euclides da Cunha

Campanha, 5 de abril de 1895

Porchat

Saúdo-te, desejando felicidades.

Acabo de receber a tua carta ― e é desnecessário dizer quanto estimei.

Infelizmente a minha parte doente parece haver encalhado na secretária do comandante do Distrito; até hoje nada de solução. não imaginas como isto me incomoda! Escrevo hoje particularmente ao cel. Pires Ferreira, pedindo-lhe uma solução ― já que o pedido legal, dignamente feito por meio de um ofício ― não vale coisa alguma. Peço-te ― e constituo-te nesta questão um advogado ― veres se é possível abreviar a solução que espero, falando ao Pires Ferreira a respeito, e caso não tenha com ele relações, ao Argemiro, ou qualquer outra pessoa que com ele se dê.

Aguardo, breve, a tua resposta a respeito.

Recomende-nos muito a toda a Exma. família; a Saninha manda muitas saudades e lembranças a d. Maria Túlia. Muito breve terá a imensa satisfação de abraçar-te o velho companheiro e amigo

Euclides da Cunha

P.S. ― Desculpa-me o laconismo desta; acerca do nosso estado de coisas tinha tanto a dizer-te que temi alongar-me demais. Mui breve, a viva voz, conversaremos.

Euclides

B.do Descalvado, 3 de maio de 1895

Meu caro João Luís

Envio-te apertado abraço, desejando as maiores felicidades assim como a toda a família. Com exceção do filhinho menor, chegamos bem. Fizemos a pior das viagens: logo ao entrar no trem, aí, na Campanha, a Saninha deitou-se, tonta pelo movimento e só levantou em S. Paulo! Imagina, agora, que interessantíssima viagem eu fiz, tendo de fazer requisições de passe, de baldear bagagens e ao mesmo tempo cuidar das funções estranhas de ama-seca… No Cruzeiro, enquanto eu requisitava a passagem, a Saninha e a senhora do dr. Carlito tomaram o trem que seguia para o Rio e quase que para lá foram – porque após desfeito o engano, retiraram-se do trem quando este já ia em movimento – Renuncio, porém, à ideia de relatar-te os episódios da romaria. Esta carta tem um único objetivo: demonstrar-te que não esqueço o bom e distinto amigo. Tenho tantas cartas a escrever que me é impossível alongar-me mais. Amanhã escreverei ao teu sogro, o inolvidável parceiro do pôquer. Dê-lhe, por mim, apertadíssimo abraço. Diga ao Capelli que amanhã irei tratar do negócio do Ferreira e então escrever-lhe-ei.

É escusado dizer as saudades que sinto da Campanha. Já temos aqui um quarto preparado para você e família – porque afinal estamos certos que não ficará em palavra apenas a promessa que nos fez de vir passar aqui algum tempo.

Lamento não ter tempo para conversarmos mais, noutra carta serei mais longo. A Saninha envia muitas saudades a d. Fernandina, d. Maria Antonia, d. Zoraide, d. Lalica e meninos; deseja, como eu, que a Maria de Lourdes continue bonita e forte. Abrace por mim aos amigos daí e disponha de quem é com verdadeira estima amº. obrmo.

Euclides

[carimbo: Euclydes R. Pimenta da Cunha Fazenda Trindade Belém do Descalvado]

S. Paulo, 9 de outubro de 1895

João Luís

Saúdo-te assim como a toda a família.

Até que afinal!…! Afinal consegui a suprema ventura de ter uma carta tua, duplamente valiosa, porque trouxe as duas fotografias fidelíssimas, a moral e a física do companheiro e bom amigo ausente. Eu já andava andava bastante contrariado com o silêncio dos meus amigos da Campanha e achava singular que não encontrassem nas suas longas horas de tranquilidade cinco minutos para escreverem-me; rompeste felizmente o criminoso silêncio.

Lamentei que a tua carta, tão vibrante e iluminada, trouxesse, dividindo-a transversalmente na sua primeira página, tristíssima novidade que ali estava anômala como um farrapo de treva, como um trapo de nuvem tempestuosa num céu claríssimo e vasto. Devias tê-la enviado num de papel, à parte, porque ela é um traço eloquentíssimo da feição dolorosa da alma humana… Passemos porém, a outro assunto.

Ficamos muito satisfeitos com a notícia da tua próxima vinda aqui. Que ela não fique apenas em projeto e se vieres previne-me antecedência a fim de esperá-los porque não dispenso absolutamente a satisfação de acolher o meu amigo e família na minha tenda de árabe.

O que poderei dizer-te de novo sobre a minha vida? E sem mesma, incoerente, sulcada, de desânimos profundos, agitada, de ações tumultuosas, iluminada às vezes por esperanças imensas… Felizmente porém, meu caro João Luís, prendi-a à de dois filhos pequenos, transformei-a de direito que é para quase toda a gente em dever imprescritível (se é que admites tão singular dever) e sigo avante. Deves saber que a minha índole é contraposta ao meio tumultuoso em que estou, aonde a luta pela vida lembra, pela ferocidade e pelo bárbaro egoísmo a agitação da idade das Cavernas. Estou entre trogloditas que vestem sobrecasacas, usam cartola e leem Stuart Mill e Spencer ― com a agravante de usarem armas mais perigosas e cortantes que os machados de Sílex ou rudes punhais de pedras lascadas. Imagina agora que milagres tenho feito: vou bem entre eles! Não me devoraram ainda e ― fato singular ―! não precisei para isto despir-me da rude simplicidade espartana que desgraçadamente tenho. Atravesso essa sociedade agitada numa abstração salvadora, cedendo automaticamente ao dever com a precisão de uma máquina moderna. Em compensação, a sociedade moderna ― essa que nós também conhecemos encontra no meu lar ampla, iluminada, vastíssima ― limitada pelos quatro ângulos da minha estante. E assim vivo aqui nesta boa terra.

E você? Persiste ainda no propósito de permanecer ai perenemente, na Tebaida ― como um monge imberbe, ilogicamente desalentado? Não te atrai uma estrada mais perigosa e abrupta para o futuro? Conta-me alguma coisa neste sentido, na resposta a esta que espero breve.

Diga ao nosso grande amigo dr. Brandão compreendo perfeitamente que somente raras vezes terá tempo para escrever aos amigos, com a vida atarefada que aí leva.

Recebemos o broche que aí ficara e não comuniquei porque era desnecessário.

Recomende-nos muito a todos da tua família e do dr. Brandão. Mal resta-me espaço para assinar-me como sempre. Amº obrmo.

Euclides da Cunha