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* {{livro digitalizado|''Paquita; poema em XVI cantos''|Paquita; poema em XVI cantos, Bulhão Pato, 1894.djvu}} (1894) |
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Revisão das 14h55min de 3 de janeiro de 2019
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Notas
Projetos
- Marános (projeto de transcrição) (1920)
- Paquita; poema em XVI cantos (projeto de transcrição) (1894)
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Teste
EM XVI CANTOS
TYPOGRAPHIA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS
1894
CANTO PRIMEIRO
irgem d'olhos azues, pallida e triste,
Se esta palavra—adeus—banhada em pranto
Nalgum lance cruel já proferiste;
Se impia mão te roubou ao doce encanto
Do teu primeiro affecto para sempre,—
Virgem d'olhos azues, ouve este canto.
Hoje creio que a musa caprichosa
Me pretende levar ao sentimento;
Vou seguil-a, e desfira saudosa
Os tons da minha lyra ao som do vento.
O verso não é bom, mas não me occorre
Nenhum outro melhor neste momento.
Se ao ler o meu poema palpitasse
O seio juvenil da formosura;
Se o pranto nos seus olhos borbulhasse...
Não o pranto d'angustia e d'amargura,
Mas aquelle celeste orvalho d'alma,
Que provém d'uma fonte de ventura!...
A proposito agora: sempre o homem
É devéras um ser indefinivel!
As lagrimas que abrazam e consomem,
As que sem dó desprende a mão terrivel
Da dor e do ciume, oh! como as préza
Nos olhos da mulher esse ente horrivel!