Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Versos intimos: diferenças entre revisões

Wikisource, a biblioteca livre
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Giro720 (discussão | contribs)
nova página: <pages index="Eu (Augusto dos Anjos, 1912).djvu" from=105 to=105 header=1 notas="{{integra|poema=''Eu''.}}"/> {{modernização}} {{DEFAULTSORT:Versos inti...
 
mSem resumo de edição
 
Linha 1: Linha 1:
<pages index="Eu (Augusto dos Anjos, 1912).djvu" from=105 to=105 header=1 notas="{{integra|poema=[[../|''Eu'']].}}"/>
<pages index="Eu (Augusto dos Anjos, 1912).djvu" from=105 to=105 header=1 />{{modernização}}
{{modernização}}

{{DEFAULTSORT:Versos intimos}}
{{DEFAULTSORT:Versos intimos}}


[[Categoria:Texto rubricado pelo autor em 1901]]
[[Categoria:Eu (Augusto dos Anjos, 1912)]]
[[Categoria:Eu (Augusto dos Anjos, 1912)]]
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]
[[Categoria:Augusto dos Anjos]]

Edição atual desde as 00h02min de 23 de novembro de 2020

Versos Intimos


Vês?! Ninguem assistiu ao formidavel
Enterro de tua ultima chimera.
Somente a Ingratidão — esta panthera —
Foi tua companheira inseparavel!

Acostuma-te á lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miseravel,
Mora, entre féras, sente inevitavel
Necessidade de tambem ser féra.

Toma um phosphoro. Accende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a vespera do escarro,
A mão que affaga é a mesma que apedreja.

Si a alguem causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te affaga,
Escarra nessa bocca que te beija!

 
Pau d’Arco — 1901