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Edição atual desde as 21h56min de 13 de abril de 2021
OS lauréis que, na parte superior, encerram
no centro os leões,[1] quiseram
assim aludir ao seu titular.
Fulge, de um lado, a coroa mural, que se confere em recompensa das portas entradas; do outro, adorna, por cima, os esporões dos navios o prêmio com que se honram as vitórias navais.
A virgem pernambucana mira os seus olhinhos, e, graciosa, ergue a mão, a qual segura uma cana.
Próxima, a fecunda Itamaracá exibe os seus nectários racimos e os magníficos dons do próprio solo.
Junto a ela, a Paraíba põe nas formas o dulcíssimo açúcar e o torna grato aos povos.
O avestruz, errante habitador do Rio Grande, foge correndo, e falsamente imagina que se lhe dá de comer.
Destarte se ufana o Nôvo Mundo com os brasões batavos, e, sob o governo de Maurício, florece-lhe a gleba feraz. As gentes que a terra distingue defendeas um só Chefe. E a Nau de Marte sulca as águas ocidentais, fazendo conhecidos os seus mercantes e os senhores do mar.
Em frente pasma-se o Sol ante as armas, ainda que violentas.
Tu, Sergipe, pões em face de tuas moradas as flamas de Febo, e sózinho queres ser chamado de el Rei. 1 eus são, Iguarassú, os caranguejos.
A ti, Pôrto Calvo, aprazem os cimos: ali estás sobranceiro, ó tu, que deves ser temido daquelas cumeadas.
o gênero escamígero mergulha-se nas rédias das Alagoas.[2]
Contra Serinhaém relincha o belicoso corcel. Crava a ancora na areia os dentes entravados e quer se nos deem alí reinos diuturnos.
A bússola aponta o Ocidente, mas não olha para o Levante. Por quê? Porque reina cada um em plagas distintas.
A fama, que vês soprar os clarins e as tubas, mostra não o esforço, mas o ar de quem apregoa tão grandes cousas.
G. Barléu