Terra de Jecas: diferenças entre revisões

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Revisão das 22h59min de 1 de março de 2007

Menosprezo a Cascavel fez Sandálio decidir

Certa vez, amigos de Sandálio dos Santos tomaram conhecimento dos repetidos convites feitos por Nhô Jeca para que se estabelecesse na Encruzilhada. O deboche desse pessoal, em tomo de uma fogueira na roda do chimarrão, acabou irritando Sandálio, que ouviu dizer da Encruzilhada ser “uma terra de jecas”.

Naquele momento a decisão lhe veio de estalo: iria para a vilazinha dos jecas e ajudaria a transformar o sonho de José Silvério de Oliveira em realidade.

Logo ao chegar a Cascavel, Sandálio dos Santos foi assumindo todas as tarefas que requeriam maior capacidade intelectual e discernimento. Começou como professor, tornou-se escrivão, policial e até mesmo médico, tendo curado centenas de pessoas manipulando uma coleção intitulada O Conselheiro Médico do Lar, do dr. Humberto O. Swartout, que o médico improvisado qualificava de “excelente”.


Sucesso comunitário

Em breve os conselhos de Sandálio dos Santos a Silvério começaram a produzir resultados e da pequena vila começava a emergir uma cidade. Um a um, os benefícios urbanos foram chegando: distrito policial, vôos do Correio Aéreo Nacional, conquista do posto telefônico até então localizado em Colônia Lopeí, criação da primeira escolinha e da primeira capela religiosa, visitas semestrais do pároco iguaçuense monsenhor Guilherme Maria Thiletzek, nomeação de professores, designação de policiais e uma atuação política exemplar junto ao governo interventorial e à Prefeitura de Foz do Iguaçu, sendo criado, já em 1936, o Patrimônio Municipal de Aparecida dos Portos.

Ficheiro:Santos, Eudes - D Pedro 7.9.73 Gpo esc de Cascavell.jpg

EUDES, FILHO DE SANDÁLIO, REPRESENTA D. PEDRO EM PARADA DE 7 DE SETEMBRO


Cascavel, acertadamente, homenageia a memória de Sandálio dos Santos com a denominação de sua Biblioteca Pública Municipal. Homenagem justa a quem amava os livros e exerceu conscientemente a missão de ensinar. A Biblioteca Pública de Cascavel foi criada em 1964 pelo prefeito Octacílio Mion. Quando, em agosto, Sandálio morreu, foi proposto seu nome para a biblioteca, mas quem assinou a lei oficializando a Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos foi o prefeito Odilon Reinhardt, em 1965

(Fonte: Alceu A. Sperança, jornal O Paraná, seção dominical Máquina do Tempo)