Flores do Mal/A Musa Enferma: diferenças entre revisões

Wikisource, a biblioteca livre
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
JSSX (discussão | contribs)
Categorização
JSSX (discussão | contribs)
m Ajustes
Linha 25: Linha 25:


</poem>
</poem>
[[Categoria:Charles Baudelaire]]
[[Categoria:Delfim Guimarães]]
[[Categoria:As Flores do Mal]]
[[Categoria:As Flores do Mal]]
[[Categoria:Poesia francesa]]
[[Categoria:Simbolismo francês]]


[[fr:La Muse malade]]
[[fr:La Muse malade]]

Revisão das 18h45min de 13 de março de 2008

Ó minha musa, então! que tens tu, meu amor?
Que descorada estás! No teu olhar sombrio
Passam fulgurações de loucura e terror;
Percorre-te a epiderme em fogo um suor frio.

Esverdeado gnomo ou duende tentador,
Em teu corpo infiltrou, acaso, um amavio?
Foi algum sonho mal, visão cheia de terror,
Que assim te magoou o teu olhar macio?

Eu quisera que tu, saudável e contente.
Só nobres idéias abrigasses na mente,
E que o sangue cristão, ritmado, te pulsara

Como do silabálirio antigo os sons variados,
Onde reinam, o par, os deuses decantados;
Febo &mdas; pai das canções, e Pã — senhor da seara!