O Menino do Gouveia
CONTOS RAPIDOS
N. 6
O Menino do Gouveia
POR
Capadocio Maluco
CASA EDITORA
CUPIDO & COMP.
ILHA DE VENUS

STENDIDO junto a mim na cama suspirativa do chateau, depois de ter sido enrabado duas vezes, tendo na mão macia e profissional a minha respeitavel porra, em que fazia umas caricias aperitivas, o menino do Gouveia, isto é, o Bembem, contou-me pittorescamente a sua historia com todos os não-me-bulas de sua voz suave de puto matriculado.
— Eu lhe conto. Eu tomo dentro por vocação; nasci para isso como outros nascem para musicos, militares, poetas ou até politicos. Parece que quando me estavam fazendo, minha mãi, no momento da estocada final, peidou-se, de modo que teve todos os gostos no cú e eu herdei tambem o facto de sentir todos os meus prazeres na bunda.
Quando cheguei aos meus treze para quatorze annos, em que todos os rapazes têm uma curiosidade enorme em ver uma mulher núa, ou pelo menos um pedaço de coxa, um seio ou outra parte do corpo feminino, eu andava a espreitar a occasião em que algum criado, ou mesmo meu tio, iam mijar, para deliciar-me com o espectaculo de um caralho de homem.
Não sei porque era, eu sentia uma attracção enorme para o instrumento de meus prazeres futuros.
Havia então, entre os empregados, um que possuia um paratilevas que era mesmo um primor de grossura e comprimento, fora a cabeçorra formidavel. Uma destas picas que nos consolam até a alma!
Entretanto, o que mais aguçava a minha curiosidade e me dava um desejo insoffrivel, era poder ver a porra de meu tio. Este, porém, era muito cauteloso, e jamais ia satisfazer as suas necessidades sem trancar a porta da privada, ficando eu deste modo com o unico recurso de calcular e julgar, pelo volume que lhe via na perna esquerda, as dimensões do seu mangalho que parecia ser colossal.
Um dia em que elle e a titia foram á cidade muni-me de uma verruma e fiz na porta do quarto dos mesmos uma serie de buracos dispostos de maneira que eu pudesse observar todos os movimentos nocturnos.
— Confesso, Capadocio Maluco, accrescentou o Bembem, augmentando o movimento punhetal que vinha fazendo na minha pica, que nem uma só vez me passou pela cabeça a idéa de que ia ver a titia núa ou quasi núa. O meu unico pensamento era poder apreciar erecto o membro viril do titio.
Nessa noite, mal nos recolhemos aos dormitorios, eu fui postar-me, mettido na comprida camisola de dormir, na porta e com os olhos pregados nos furos préviamente feitos.
Parece, porém, que o casal não tinha pressa nenhuma em se foder ou então ambos andavam fartos, pois meu tio, em camisa de meia, sem tirar as calças, sentou a lêr um livrinho que depois eu soube ser da Collecção Amorosa do Rio Nu, emquanto minha tia, em mangas de camisa, principiou uma temivel caçada a algumas pulgas teimosas.
Si eu gostasse de mulher, teria me deliciado vendo, nos movimentos bruscos da caçada, os seios da moça, que eram alvissimos, de bicos vermelhos, redondos e rijos como si ella ainda fosse cabaçuda; porém todo o meu prazer, toda a minha curiosidade, estavam entre as pernas do tio, no seu caralho, cuja lembrança me punha comichões na bunda.
Afinal, ella parece que cansou na perseguição dos pequenos animaes, pois deixou cahir a saia e rapidamente substituiu a camisa por uma pequena camiseta de meia de seda que lhe chegava até o meio das nadegas.
Mesmo sem querer, tive que admirar-lhe as pernas bem feitas, as coxas grossas, torneadas e muito claras, a basta pentelhada castanho-escuro e — com quanta raiva o confesso! — o seu trazeiro, amplo, macio, gelatinoso.
Ah! si eu tivesse um cú daquelles, era feliz! Era impossivel que meu titio, tendo ao seu dispor um cagueiro daquelles, pudesse vir a gostar da minha modesta bunda! Quantos ciumes eu tive da tia naquella noite!
Parece que a leitura do tal livrinho produziu alguma coisa em titio. Elle principiou a olhar de vez em quando para a mulher, estendida de papo para o ar sobre o leito; depois passou varias vezes a mão pela altura da pica.
Finalmente, levantou-se, num momento tirou toda a roupa e caminhou para a cama. Oh! Céos! Eu então pude ver, com toda a dureza que uma tesão completa lhe dava, os vinte e cinco centimetros de nervo com que a Natureza o brindára. Que porra!
Grande, rija, grossa, com uma chapeleta semelhante a um para-choques da Central e fornida dum par de colhões que devia ter leite para uma familia inteira.
Elle chegou-se ao leito, começou a beijar a esposa nos olhos, na boca, no pescoço, nos, seios e depois, quando a sentiu tão arreitada como elle estava, afastou-lhe a bellas coxas, trepou para cima do leito e eu do meu observatorio vi aquelle primor de pica deslisar suavemente e sumir-se todo pelo cono papudo da titia, que auxiliava a entrada do monstro fazendo um amestrado exercicio de quadris, a suspirar, a gemer a vir-se, no mais completo dos gosos, na mais correcta das fódas.
Não quiz ou não pude assistir ao resto da scena. Eu tinha uma sensação exquisita no cú, parecia que as pregas latejavam. Mais tarde vim a saber que isso era tesão na bunda.
Corri para o meu quarto, fechei-me por dentro, atirei para longe a camisola que me incommodava e, tendo arrancado a vela do castiçal, tentei mettel-a pelo cú acima a ver si me acalmava. Fui caipora; as arestas da bugia machucavam-me o anus e não a deixavam entrar.
Passei uma noite horrivel.


O dia seguinte de manhã, levantei-me com uma firme resolução tomada: ou meu tio, naquelle dia me enrabava, ou eu fugia de casa e dava o cú ao primeiro typo que eu encontrasse e que mostrasse ser porrudo.
Logo cedo, puz-me de alcatéa a esperar que elle entrasse para o banheiro, pois era ahi que eu pretendia executar meu plano.
A's 6 1/2 da manhã elle passou com o lençol ao hombro e a saboneteira na mão. Dei o tempo necessario para que se despisse e chegando á porta disse:
— Está aqui isto, que titia mandou.
Elle já estava completamente nú; entreabriu a porta e eu num relampago penetrei no quarto de banho.
Meu tio estava pateta, a olhar-me sem comprehender. Eu peguei-lhe a porra e suppliquei.
— Titio, você faz commigo o que fez esta noite com titia! Faz, sim?
Ergui a camisola e apresentei-lhe a minha bunda, que, francamente, estava palpitando de anciedade.
O estafermo de meu tio, entretanto, não era homem para comprehender esses mysterios do amor. Não sabia o mundo de gosos que ha numa bunda masculina quando ainda tem a préga mestra.
Pegou-me pela orelha, escancarou a porta, e, pespegando-me um valente ponta-pé no cú gritou:
— Safa! que puto me sahiu o rapaz!
Fui para o quarto, vesti-me num apice, entrouxei a minha roupa e fugi de casa furioso, damnado, em busca dum caralho que me fodesse.



URANTE o dia todo vaguei pela cidade na doce esperança de encontrar um fanchono em quem as minhas fórmas roliças e afeminadas despertassem o appetite e provocassem uma cantata.
Foi, porém, trabalho perdido: por mais que eu andasse pelos mictorios a espiar picas e fizesse mil gestos reveladores das minhas qualidades e encantos enrabativos, parece que naquelle dia os amadores de cús tinham desapparecido.
A's seis horas da tarde sentei-me, levado dos diabos, num dos bancos do Rocio, pensando na falta de enrabadores que ha nesta cidade.
Momentos depois, abancou-se junto a mim um cidadão alto, magro, ossudo, com um bom palmo de nariz e um tanto maduro. Olhou para mim umas tres vezes e sorriu; eu correspondi logo ao sorriso e o velhote chegou-se para meu lado, entrando logo na conversa.
— Então o menino está passeando?
Eu fitei o camarada com uma vontade louca de dizer que andava á procura duma porra, porém contive-me e respondi:
— Estou, sim senhor. Meu tio poz-me na rua. O homem parece que se commoveu com a minha desgraça, porque pousou a mão sobre a minha coxa e apertou-me levemente a pica. Não esperei mais, também fui com a minha mão de criança e agarrei-lhe a porra, que era sufficientemente avantajada.
— Você gosta? perguntou-me.
— Creio que sim; nunca experimentei.
— Como, meu bem? Você ainda é virgem, ainda tem as preguinhas todas?!
— Tenho, sim.
O meu novo camarada pareceu ficar mais moço, convidou-me para ir ao cinema, onde assisti a uma sessão inteira segurando-lhe a pica.
Depois, quando sahimos, eu e seu Gouveia, era assim que elle se chamava, fomos tomar chocolate com pão de ló.
Finalmente, ás dez horas, mais ou menos, eu, com o braço do meu novo amigo passado pela cintura, entrava no quarto em que elle morava, ali pelas bandas dos Arcos.
Eu sentia perfeitamente a sensação de uma noiva ao entrar na camara nupcial; anhelava por ver-me encaixado na pica do Gouveia e ao mesmo tempo sentia um certo receio por essa enrabação.
O aposento em que entrámos era bem mobiliado e tinha uma ampla e fôfa cama a convidar ao amor, ao goso.
O Gouveia era um habil fanchono e possuia a verdadeira arte de um amador de bons cús.
Elle mesmo, com toda a meiguice e cuidado, foi me tirando a roupa até eu ficar unicamente com as ceroulas. Depois, sentou-me num sofá emquanto rapidamente se despia, ficando com as mesmas vestes que eu.
Veiu então para junto de mim e, tomando-me a cabeça entre as mãos, collou os seus labios nos meus, primeiro num longuissimo beijo e depois num terno chupão.
Foi para mim a primeira revelação de goso que eu tive. Quanto é saboroso um beijo de homem sorvido assim labio a labio! Todo o meu corpo tremeu numa desconhecida vibração. Instinctivamente, metti a mão pelas ceroulas do Gouveia e fui segurar-lhe a porra, que estava assás dura.
O meu iniciador na putaria deixou-me então a boca e veiu sugar-me os pequenos bicos de meus peitos. Recebi com um choque electrico; a natureza, para provar que eu vim ao mundo para tomar na bunda, poz-me nos seios a qualidade feminina, isto é, ás caricias do Gouveia elles responderam ficando erectos, empinadinhos, tal qual como si eu fosse mulher.
O meu camarada de quando em vez murmurava: «Que petisco! Que pitéo! Novinho em folha! Donzello desde a piça até o cú!»
Entretanto, a agitação que me produzira o affago do velhote nas minhas mamminhas me tonteara completamente, fizera de mim uma pilha de luxuria. Quando elle parou um instante, baixei a cabeça e beijei-lhe o caralho.
O Gouveia tremeu todo e murmurou:
— Que vocação! Este foi feito para isso!
Eu ia levantar-me para responder-lhe quando senti que uma de suas mãos prendia-me na mesma posição emquanto elle me dizia: — Bembem, continua assim, depois lambe e... depois... chupa.
Não tive o menor escrupulo em cumprir essas ordens, porque, como já disse, eu era um adorador de caralhos.
Emquanto isso, o Gouveia fazia-me festas com uma das mãos na cabeça e com a outra amimava-me as nadegas, passando sobre ellas muito levemente, com verdadeira ternura e indo ás vezes com o dedo amestradamente coçar-me, tambem muito superficialmente, sem introduzil-o, as prégas da minha bunda.
Si eu não estivesse com a boca cheia pela cabeça da sua porra, que latejava, ter-lhe-ia pedido para metter o dedo afim de saciar-me um pouco. Elle, porém, não o teria feito para não estragar o cabaço que eu ainda possuia.
De repente, sem que eu esperasse, o corpo do Gouveia deu um estremeção fortissimo e eu tive a boca e a garganta inundadas por uma grande leitada. A esse tempo elle premia-me com mais força o olho do cú e chupava-me o pescoço, na nuca.
Tive tal prazer, senti tal ventura, que, mesmo com a boca cheia de leite de pica, tombei a cabeça sobre as coxas do velhote.
Estivemos uns minutos, não sei quantos, naquella posição, a prolongar o extase daquelle deleite.
O Gouveia ergueu-se, foi a um armario e trouxe uma garrafa dum magnifico Moscatel e dois copos para, segundo elle dizia, celebrar a minha iniciação no batalhão de Cupido.
Propoz então o Gouveia, e eu com enthusiasmo acceitei, que despissemos as ceroulas para melhor gosar a carne contra a carne.
Sentei-me nas pernas do velhote e começamos a bebericar o vinho pelo mesmo copo, a beijarmo-nos lubricamente, a sugarmos os beiços e a chuparmos a lingua um do outro.
O meu primeiro amante de velho somente tinha a apparencia, pois possuia mais fogo que muito moço que anda por ahi; eu, por meu lado, tinha mil comichões na bunda.
Elle procurou com a mão a minha pica dizendo:
— Deixa ver como está dura essa piroquinha...
Uma decepção o esperava: a minha pica mantinha-se como sempre estendida completamente, porém molle, flacida, mulambenta. Elle esteve a friccional-a algum tempo, porém em vão. Entretanto, eu sentia, eu bem sentia a impressão forte do seu carinho, mas era na bunda que tinha tremuras enormes.
O Gouveia perguntou-me:
— Bembem, você não tem tesão?
— Tenho, tenho muito até, mas na bunda, nas prégas do cú.
Com esta declaração, o caralho do homemzinho, que já estava a meio páo, armou todo, com todo o garbo e valentia.
O Gouveia carregou-me nos braços e poz-me em cima da cama.
O' doce momento! Eu ia finalmente receber na bunda o membro viril de u m homem!
Com que ventura eu me estendi de bruços sobre o leito, esperando o amoroso ataque!
O meu defíorador untou o famoso nabo com bastante vaselina, metteu-o entre as minhas pernas trementes de desejo e receio, apontou a cabeça da pica na minha bunda e forçou um pouco.
Senti uma dor estranha; parecia que o caralho do Gouveia era de ferro em brasa: rasgava e queimava ao mesmo tempo. Soltei um gemido e elle parou, perguntando-me, meio gago:
— Bembem, quer que tire um pedacinho?
— Não! Não! Vai empurrando de vagar, que eu aguento.
O Gouveia, com a mão direita ora a pegar-me nos bicos das mamminhas, ora a tentar entesar-me a pica com a maestria de uma punheta, cascou-me mais um pouco de porra para dentro da bunda.
Eu soffria e gosava ao mesmo tempo, sentia as prégas a dilatarem-se e um calor consolador a subir-me pelo anus á proporção que o mangalho entrava.
Num dado momento o Gouveia parou a introducção, depois pegou-me nos quadris com as mãos nervosas, e num movimento brusco, chamou-me aos peitos, empurrando-me toda a enorme porra pelo cú a dentro.
Uma horrivel dor varou-me de lado a lado, porém acto continuo o caralho do Gouveia amenisou-me o recto com uma avantajada esporradela.
Foi tal a sensação de goso que eu senti, que desmaiei.


narração fresca do putissimo rapaz
tinha-me entesado de novo e eu já
ia reclamar quando elle, olhando, bradou:
— Chi, Capadocio! Como está você!...
Num momento, Bembem, de cócoras sobre mim, num remeleixo cotuba, recebia na bunda profissional a minha pica.
Emquanto elle se enrabava assim, dizia:
— Até hoje tenho fodido talvez uns quinhentos caralhos; porém não posso me lembrar da porra de meu tio sem sentir comichões na bunda!...
Contos Rapidos
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N. 5 — A VIUVA ALEGRE
N. 6 — 0 MENINO DO GOUVEIA
N. 7
- - A Pulga - -
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