O Príncipe
O "Príncipe" é provavelmente o livro mais conhecido de Maquiavel e foi completamente escrito em 1513,[1] apesar de publicado postumamente,[1] em 1532. Teve origem com a união de Juliano de Médici e do papa Leão X,[22] com a qual Maquiavel viu a possibilidade de um príncipe finalmente unificar a Itália e defendê-la contra os estrangeiros, apesar de dedicar a obra a Lourenço II de Médici,[1][nota 4] mais jovem, de forma a estimulá-lo a realizar esta empreitada. Outra versão sobre a origem do livro, diz que ele o teria escrito em uma tentativa de obter favores dos Médici, contudo ambas as versões não são excludentes.
Está dividido em 26 capítulos.[7] No início ele apresenta os tipos de principado existentes e expõe as características de cada um deles. A partir daí, defende a necessidade do príncipe de basear suas forças em exércitos próprios, não em mercenários e, após tratar do governo propriamente dito e dos motivos por trás da fraqueza dos Estados italianos, conclui a obra fazendo uma exortação a que um novo príncipe conquiste e liberte a Itália.[7] Em uma carta ao amigo Francesco Vettori, datada de 10 de dezembro de 1513,[7] Maquiavel comenta sobre o escrito: E como Dante diz que não se faz ciência sem registrar o que se aprende, eu tenho anotado tudo nas conversas que me parece essencial, e compus um pequeno livro chamado "De Principatus", onde investigo profundamente o quanto posso cogitar desse assunto, debatendo o que é um principado, que tipos de principado existem, como são conquistados, mantidos, e como se perdem — Carta de Nicolau Maquiavel a Francesco Vettori, de 10 de dezembro de 1513.[23]