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Obras poeticas de Ignacio José de Alvarenga Peixoto (1865)/A morte do mesmo marquez

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A’ MORTE DO MESMO MARQUEZ

Quão mal se mede dos heróes a vida
Pela serie dos annos apressados!
Muito vive o que emprega os seus cuidados
Em ganhar nome e fama esclarecida.

Em vão, dobrando os passos atrevida,
Chega a morte cruel, e os negros fados,
Que vivem por a gloria ter gravados
Seus dias sobre esphera mais luzida.

Jaz o illustre marquez!... As tristes dôres
Espalhão com o respeito mais profundo
Na fria urna estas piedosas flôres:

«Breve a vida lhe foi; mas sem segundo
O seu nome immortal entre os maiores
Será sempre saudoso á patria e ao mundo.»