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lembrou o Nunes, o visconde Munes —, Vossa Majestade lembra-se?

— Perfeitamente. Dom Prior, queira escrever ao barão a dizer-lhe que espero ansiosamente a carta do meu amigo Cerveira.

Enquanto o abade ia ao seu quarto escrever, o hóspede disse ao ouvido do outro:

— Isto cone mal..

— Porquê?

— Se o homem cá vem, o meu grande amigo.

— Recebe-lo como o teu grande amigo...

— Se me fala em particularidades...

— Ele não sabe falar em particularidades. É uma besta, muito rico, e disse-me o morgado do Tanque, de Braga, seu primo, que está sempre bêbedo. Nem ele cá vem, tu verás... Eu até acho que as coisas correm perfeitamente. — Ouviam-se os passos do abade. — Tem dinheiro, ele tem muito dinheiro, ouviste?

Entrou o abade.

— Só duas palavras. — E leu: — Sua Majestade