Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/131

Wikisource, a biblioteca livre

Qual Migue! nem qual carapuça! Se D. Miguel cá vier há-de fazer tanto caso de seu pai como eu daquela bosta que ali está. O que ele devia era tratar de conservar os terrões, e fazer como você, que se pôs a trabalhar e se fez pedreiro quando viu que os malhados lhe tomaram conta das terras. E daí? Você hoje tem o seu par de mel cruzados, ganhados com o suor do seu rosto, e até já me disseram que você dava quinze centos ao de Prazins para lhe casar com a rapariga. É assim ou não é?

— Isso acabou — respondeu com desdém, irritado. Agora não a queria nem que ele a dotasse com três contos; entenda você o que lhe eu digo, tio Manuel, nem com seis contos! Você não sabe quem eu sou, mas brevemente o saberá. Pouco há-de viver quem o não vir.

— Não sei quem você é? Ora essa... Já lhe disse que você é homem capazório, honrado...

— Quero cá dizer outra coisa... Você não entende... — E ouvindo abrir uma janela: — Lá está o fidalgo... Deixe-me lá ir.