porta! Ó 24, vai buscar um machado que eu ali vi na cozinha. Salta um machado!
— Não é preciso, camarada — acudiu o abade. — Aqui está a chave. Eu abro. Entrem, procurem à vontade.
O sargento parou à porta a familiarizar-se com a escassa luz da adega:
— Ó padre! isto aqui é que é a sala do trono? ou é o subterrâneo da inquisição? Mande lá acender uma candeia, se não tem um archote.
— Ó mulher, traz dai uma placa acesa— disse o abade Marcos, contrafazendo o seu terror.
E o homem, lá dentro atrás das pipas, tiritava como Heliogábalo na latrina, seu derradeiro refúgio.
A Senhorinha entrou adiante com a placa, um luzeiro mortiço de sebo com morrão que parecia condensar mais as trevas da lôbrega caverna.
— Arranja aí um fachoqueiro de palha, ó 14! Que raio de placa você cá traz, mulher!
— É enquanto não pega bem a torcida — explicou a criada, caminhando atrás do padre