Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/168

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dos selotes, todos três. Foram descansar e jantar à hospedaria dos Dois Amigos. O Cerveira vestia casaca no trinque muito lustrosa, e gravata de cambraia com laço; o peitilho postiço atado ao pescoço saía muito rijo de goma reles de entre as lapelas derrubadas do colete de veludo preto. A calça de pregas, ampla, à cavalaria, afunilava-se no artelho, quebrando no peito do pé. As botas de polimento novas rangiam e as esporas amarelas no tacão, com grandes rosetas, tilintavam num estardalhaço de caserna. Comprara chapéu de pasta com molas que faziam saltar a copa, e enchiam como uma bexiga, que parecia pantominice das comédias, dizia o Zeferino.

Às quatro horas o fidalgo de Quadros e mais o pedreiro sentaram-se à mesa redonda. Já constava em Braga que estava ali o Cerveira Lobo, que desde 1835 não saíra da casa-solar de Vermoim. Alguns primos visitaram-no; as famílias legitimistas, e principalmente senhoras velhas, mandavam-lhe bilhetes.

Dizia o Zeferino que o incomodavam tantas