Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/205

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se ao batente da porta, trocou um lance de olhos com o Veríssimo, e saiu apressadamente, arranjando pelo caminho uma fisionomia cheia de alvoroço, de surpresa.

Entrou pela residência, muito esbofado:

— O abade, já esteve na eira do Gonçalves?

— Não; estou a acabar de jantar, e lá vou ver essa borracheira de comédia. Você vem aganado!

— Vinha perguntar-lhe se conhece um sujeito de fora que lá está na eira.

— Aqui veio um rapazola da Póvoa pedir-me uma cadeira há coisa de meia hora para um fidalgo que tinha vindo com ele. Perguntei-lhe quem era o fidalgo. Diz que não sabe. Esta canalha em vendo um bigorrilhas de casaco chama-lhe fidalgo.

— Venha já daí comigo. Por quem é, não se demore... O abade, lembra-se de ver el-rei em Braga há treze anos?

— Ora se lembro!... Beijei-lhe a mão três vezes.

— E, se o vir agora, conhece-o?