Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/244

Wikisource, a biblioteca livre

pondo a soca em cima. Riam-se do Zeferino, que andava como a cobra que perdeu a peçonha, muito escamado; que lhe tinham saído dois casamentos com boas lavradeiras, e ele diz que havia de ir morrer solteiro às Pedras Negras, depois da matar um homem; e houve quem afirmasse que o vira com um bacamarte, debaixo dos carvalhos, por essa noite fora, defronte da casa do Simeão. Uma calúnia.

Avisaram a mãe do José Dias da espera do pedreiro, e ela fez dormir o filho numa trapeira que não tinha janela por onde saltas-se, e fechava-o de noite por fora, rogando pragas à seresma de Prazins: — Que um raio a partisse e o Diabo a levasse para as profundas do abismo! Depois ia rezar a coroa com os criados, e rogava a Deus pelos que andavam sobre as águas do mar e pelas almas de todos os seus parentes e vizinhos, com uma intonação chorada que fazia devoção.

O José Dias vivia amargurado. Tinha sido criado num grande respeito aos pais, e sentia-se inábil para lhes reagir. A doença de peito que