Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/256

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com o Zeferino à frente, brandindo a espada do pai, que não se desembainhara desde o ataque a Santo urso.

— Está você preso por cabralista! — intimou o pedreiro, deitando-lhe a mão à lapela da véstia; e voltado para a turba: — Rapazes, cercaide a casa; tudo que estiver, preso!.

— Os meus filhos saíram; mas entrem, busquem à vontade — disse o regedor; e, olhando para o pedreiro, ironicamente: — Ah seu Zeferino, seu Zeferino, você não veio aqui para me prender a mim... É outra história que você lá sabe. Isto de mulheres são os nossos pecados, mestre Zeferino...

— Não me cante! — bradou o das Lamelas com furiosos arremessos. — Está preso, e mexa-se já para a cadeia.

— Você não pode prender-me, mestre Zeferino — contrariou a autoridade dentro da lei. — Vá buscar primeiro unia ordem do meu administrador ou do governador civil.

— Já não há governador civil! — explicou o caudilho. — Agora são outros governos, seu asno!