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deitou a fugir pelos campos. Ela sabia onde era o remanso fundo do rio Ave em que a mãe se suicidara. O pai correu atrás dela, a gritar, que lhe acudissem. Fora da aldeia, andava uma roça de mato, com muitos jornaleiros, que correram todos atrás de Marta, e a levavam quase apanhada quando ela caiu, a estrebuchar, em convulsões. Conduziram-na para casa com os sentidos perdidos, e puseram mulheres a vigiá-la na cama. Esta nova chegou a Caldelas. D. Teresa, a irmã do padre Osório, foi com o irmão a Prazins, e convenceram o Simeão a deixar ir a filha para a companhia deles algum tempo.

Marta chorava muito, abraçando-se no amigo de José Dias; e ele, quando o lavrador com impertinência dizia à filha: , observava-lhe com azedumes:

— Deixe-a chorar, deixe-a chorar! — E voltando-se para a uma: — A estupidez é cruel!

O Simeão de Prazins