Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/279

Wikisource, a biblioteca livre

de vez em quando, regougava monossílabos em espanhol ao quartel-mestre. O Cerveira retardava-se às vezes um pouco e emborcava o candil, grogolejando e despegando pigarros teimosos. O Vitorino notava-lhe que ele bebia de mais — que o calor da genebra não se espalhava pelo corpo, mas sim concentrava-se na cabeça — que era um perigo. O Cerveira dizia que estava afeito; mas queixava-se de dores nas fontes e zunidos nas orelhas; que não se podia lamber com sono, e que dava cinco mil cruzados por estar na sua cama. E abaixando a voz tartamuda:

— Este ladrão deste inglês meto-lhe a espada até aos copos! Palavra de honra que o mato amanhã!

O Vitorino deu tento de que o tenente-coronel gaguejava; mas atribuiu à embriaguez o embaraço na fala. Entrou a queixar-se o Cerveira de que estava tonto da cabeça, que se queria apear, porque não podia agarraras rédeas; e chamava com ansiedade o Zeferino que vinha muito à retaguarda. O quartel-mestre-general chamou uni ajudante-de-ordens, e pediu-lhe que o ajudasse a apear o tenente-coronel. Cerveira Lobo dobrava