Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/288

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compradas pelo Cerveira Leite, e dizia com resignação contrafeita:

— Elas assim com’ássim já não serviam de nada... A guerra acabou... Que leve o Diabo tudo... — E, passados alguns segundos de recolhida angústia: — Veja você, sor pai! O Simeão dá-me a filha, depois diz que ma não dá; isto não se fazia a um homem que põe navalha na cara... Eu levava a minha vida muito direita, estava muito bem, você bem sabe; deitei-me a trabalhar quanto podia; e vai depois, por causa da minha paixão, fiquei areado do juízo, deixei a arte, andei por esse mundo a gastar à minha custa, ao frio e ao calor, em términos de me levar o Diabo com uma bala; e vai agora o Simeão entra-me pela porta dentro, leva-me as armas, e, se me pilha, metia-me uma baioneta no corpo...

— Homem — atalhou o pai com juízo — não fosses tu lá a Prazins embirrar com o brasileiro...

— Eu tenho a minha paixão — objectou o filho com transporte — tinha cá dentro do peito esta navalha de ponta espetada; e ele... que mal lhe