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— Se pintar... Já sei o que você quer... Não me serve. Você quer comprar-me o lameiro da azenha — não vendo.

— Eu ainda lhe não disse o que queria, tio Simeão. Olhe bem para mim. Você está a falar c’um home. Pago-lhe as dívidas, você não fica a dever nada, e eu caso com a sua Marta. Pode dar os bens ao outro filho que eu não lhe quero uma de X.

— Você fala sério, ó sor Zeferino?

— Se falo sério?! Então você não sabe com quem é que trata.

— Ora bem — entendamo-nos — é a rapariga que você quer, a rapariga estreme, sem dote nem escritura?

— Eu não tenho senão uma palavra. Já lhe disse que sim.

— A rapariga é sua.

Negociara a filha com o Zeferino como tinha negociado com o Tarraxa a vaca amarela na feira dos 13. Eis um caso esquisito de aldeia que pela torpeza parece acontecido numa cidade culta.