Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/294

Wikisource, a biblioteca livre

de lata. D. Teresa, com a Marta nos braços, disse ao irmão:

— Que miséria de casa! Pede luzes e água para se lavar aquele sangue.

E, assim que Marta voltou a si, levou-a para o seu quarto — que a viria chamar quando o pai a pudesse ver. Queria retirá-la do espectáculo dos paroxismos.

Quando chegou a extrema-unção com o préstito clamoroso do Bendito e o tilintar espacejado da campainha, Marta carpia-se em altos gritos, e pedia que a deixassem despedir-se de seu pai.

Ela tinha ouvido dizer a uma das vizinhas que lhe invadiram a alcova: — quem lhe bateu, ó mulheres, não foi outro senão o Zeferino das Lamelas. Juro que não foi outro. — Esta afirmativa cravou-lhe no coração o remorso de ser ela a causa da morte do pai. Queda ir pedir-lhe perdão; rogava à sua amiga que pelas chagas de Cristo a deixasse ir ajoelhar-se à beira de seu desgraçado pai. D. Teresa conteve-a, receando novo ataque de loucura; que esperasse que se fizesse o curativo; que o cirurgião não queria no