Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/297

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dez voltas de joelhos ao redor da sua capela, um resplendor de prata, jejuar a pão e água seis meses a fio, não comer carne durante um ano, ir descalça à romaria da milagrosa Senhora. Com estas promessas sentia-se menos oprimida do seu remorso; o pai estava ali a morrer por causa dela, e a Maria de Vílalva já dizia também que fora ela a causa da morte do seu filho. Uma desgraçada, que vinha assim a causar a morte do noivo e do pai.

O ferido teve uma intermitência de repousada vigília. Olhou para a filha, e disselhe que morria, que a deixava sem pai nem mãe. O Feliciano acudiu:

— Isso não lhe dê cuidado, mano Simeão. Nada lhe há-de faltar. É minha sobrinha; não tenho mais ninguém neste mundo.

— Eu morria contente — balbuciou o Simeão lacrimoso — se ela fosse sua mulher...

Fez-se um silêncio esquisito. Marta abaixou os olhos; a D. Teresa olhou para o irmão a ver o que ele dizia; o padre Osório olhava para o brasileiro a ver como se expressavam