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as suas ideias; o Feliciano esperava que os outros dissessem alguma coisa. E então o pai de Marta, aconchegando-a de si, com muita ternura:

— Casas com o teu tio, minha filha? É o último pedido que te faço...

Marta fez um gesto afirmativo, e caiu de joelhos, curvada sobre o leito, a soluçar; depois, deu um grito e escorregou para o chão, em convulsões, com o rosto muito escarlate e a boca a espumar. D. Teresa e o irmão conduziram-na ao seu quarto. Deitaram-na já sossegada, mas numa rigidez insensível, com a boca ligeiramente toda.

O cirurgião chegava nesta conjuntura e disse que a rapariga herdara a moléstia da mãe, que eram ataques epilépticos; e ao tio Eeliciano disse-lhe particularmente que o pior da herança não era a epilepsia; era a demência que levou a mãe ao suicídio. Que a rapariga era fraca, e tinha sido criada com umas mimalhices de menina da cidade, que estragam o corpo e a alma; que era preciso ter muito cuidado com ela, não a afligir, distraí- la, casada, enfim,