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depoimento do pedreiro que vira o José Dias saltar da janela. E por fim ameaçava-o: — que, se casasse com a Marta, não a havia de gozar muito tempo. O Feliciano mostrou a carta ao irmão. Concordaram que era o pedreiro com a sua paixão, danado de raiva. O brasileiro entrou a cismar que o celerado era capaz de levar a vingança ao cabo — bater-lhe, matá-lo. Os tiros desfechados à sua honra de marido de Marta resvalavam-lhe na couraça da consciência: , dizia ele; mas a ideia de um tiro ao seu físico, inquietava-o deveras. , dizia o brasileiro ao mano, num grande mistério.

Lembrou-lhe o seu compadre, o Francisco Melro da Pena, um taverneiro de olhos estrábicos, de alcunha o Alma Negra, um que o tinha avisado, quando a malta da patuleia tencionava agarrá-lo. O Melro rompera relações com o Zeferino, por causa da partilha de uns dinheiros apanhados na mala do correio de Guimarães, e dizia hiperbolicamente ao seu compadre que o Zeferino, quando andara na patuleia, era ladrão como rato.