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O Melro era má bisca. Estivera três anos na Relação como cúmplice num homicídio que se fizera na sua tasca. Vivia apertadamente com mulher e quatro filhos, e não cessava de pedir empréstimos ao compadre desde que o avisara. Quando o Simeão foi espancado, o Melro logo lhe disse era segredo que quem lhe batera fora o Zeferino, com as costas guardadas par dois pimpões do Monte Córdova. E acrescentou: — Ele bem sabe a quem as faz. Havia de ser comigo ou com pessoa que me doesse...

O Feliciano deu um passeio para os lados da Pena, onde morava o compadre. Disse-lhe que ia ver a quinta da Comenda que se vendia; que lha fosse mostrar. Conversaram; e, no regresso, pararam em frente de uma casa com três janelas e um quintal espaçoso.

— É aqui — disse o Melro.

O brasileiro pôs o monóculo e leu um bilhete pregado na porta com quatro tachas: Domingo, às 10 da manhã, depois da missa, vai à praça a quem mais der sobre a avaliação judicial de 500$000 réis