Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/311

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Aperrou e desfechou o cão repetidas vezes, acompanhando o movimento com o dedo polegar, paira certificar-se de que o desarmador, a caixeta e o fradete trabalhavam harmonicamente. Levantou o fuzil de aço, que fez um som rijo na mola, e friccionou-o com pólvora fina; e, com o bordo de um navalhão de cabo de chifre, lascou a aresta da pederneira que faiscava.

— Valha-me a Virgem! valha-me a Virgem! — soluçava a mulher. E ele, zangado com as lástimas da mulher, com expansão raivosa, num sfogato:

E viva a nossa rainha,
Luisinha
Que é uma linda capitoa...

— Vai à loja atrás da seira dos figos e traz o maço dos cartuchos e uma cabacinha de pólvora de escorvar que está ao canto.

A mulher dava-lhe as coisas, a tremer, e fazia invocações ao Bom Jesus de Braga, e às almas santas benditas. Ele encarou-a de esconso, e regougou:

— Mau!... mau!..