Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/316

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nada de chalaças a respeito de ladroeiras; que todos os que estavam daquela porta para dentro eram cavalheiros. O Zeferino replicava que não queria saber de cavalheiros; que queria o seu quartinho ou que se acabava ali o mundo. Que quem queria roubar que fosse para a Terra Negra.

A alusão era muito certeira e inconveniente. Estavam na roda dos cavalheiros alguns veteranos da antiga quadrilha do Faísca, na Terra Negra, muito desfalcada pelo degredo e pela força. Travou-se a luta a soco e pau; havia lampejos de navalhas que davam estalos nas molas; o Tagarro de Monte Córdova tinha feito afocinhar o banqueiro sobre os dois galhos do baralho com um murro hercúleo, fenomenal. O taverneiro abriu a porta para escoar o turbilhão. Eles saíram de roldão; e, quando entestaram com a treva exterior, quedaram-se cegos como num antro de caverna. Um, porém, dos que estavam, não saiu; encostara-se ao mostrador com as mãos no baixo ventre, gritando que o mataram; e, vergando sobre os joelhos, num escabujar angustioso, caiu