Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/37

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da geração dos Travessas da Serra Negra, e basta... Não lhe digo mais nada... — Alusão pungente a um tio do Simeão, o Barnabé, capitão das maltas de salteadores que infestaram em 1835 aquela serra.

— Veja lá como fala... — interrompeu o lavrador ferido na sua linhagem. — Você não me deite a perder...

E o outro, num ímpeto de consciência robusta:

— Você é um safado. É o que lhe eu digo. Não guarda palavra em contrato que faça. Eu já devia conhecê-lo. Faz para as matanças seis anos que você ajustou comigo uma porca por quatro moedas e foi depois vendê-la ao António do Eido por mais um quartinho. Lembra-se, seu alma de cântaro? — E numa irritação crescente: — Se você não fosse um velho, dava-lhe com este machado na caveira. — E muito esbandalhado nos gestos, com sarcasmo: — Guarde a filha que eu hei-de achar mulher muito melhor que ela pelo preço, ouviu você? que leve o Diabo a burra e mais quem a tange, como o outro que diz. Livrei-me