Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/40

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faço-lhe saltar os miolos à cara de você.

Que se acomodasse, conciliava pacificamente o estudante — que os cães não tinham outra fala. E o pedreiro insistente, muito arrogante: — Que venham para cá, e mais o dono, o caçador de borra! — e dizia palavradas canalhas, muito danado porque vira aparecer a Marta na varanda, a fazer meia com a cesta do novelo no braço.

— Ó Sr. Zeferino, fale bem, ponha cobro na língua advertiu o José Dias, com uma serenidade de mau agoiro — quando eu lhe ladrar então se fará com o machado para mim. Os cães ladraram-lhe; eu chamei-os, que mais quer você, homem? Siga o seu caminho.

— O meu caminho? o meu caminho é este — disse batendo com o machado na terra. — Quer você mandar-me embora daqui? Ora não seja tolo.

A presença da moça enfurecia-o; contra o seu costume, sentia-se valente. O amor, como um vinho indigesto, dava-lhe a coragem interina dos bêbedos, e berrava: