Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/52

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com os amarelos muito oxidados, e, à frente de um grupo de jornaleiros e garotos, caminhou para a cabeça do concelho a fim de oferecer batalha campal às autoridades. Além da espada do caudilho, havia na jolda três espingardas reiunas; o restante eram foices de gancho encavadas em grossas varas. Um porqueiro colossal floreava unia lâmina brunida da faca de matar os cevados. A guerrilha, já engrossada por outros bêbedos encontrados nas tabernas do trânsito, chegou à porta do morgado de Barrimau, e a clamorosos brados elegeram-no general. Já se ouvia tocar a rebate em diversas torres, à discrição dos garotos destacados. O morgado mandou-lhes dar vinho, e que debandassem, que recolhessem a suas casas, porque iam levar grande tareia inutilmente. O egresso veio a uma janela que abria sobre o átrio, e tentou dissuadi-los do desvario que mais parecia um excesso de vinho que de patriotismo — dizia. Não fez nada. Cada vez mais picado, o alferes, faminto de vingança, bradava que estivera quinze meses escondido, que lhe tinham estragado a sua casa, e que ia pedir contas aos Trepas e aos